O TRT catarinense conquistou o segundo lugar na categoria internet/intranet do “Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça”, com a página da Assessoria de Comunicação Social (Ascom), num empate com o Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O primeiro lugar ficou com a Associação dos Defensores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (ADPERJ). A solenidade de entrega do prêmio encerrou a terceira edição do Congresso Brasileiro dos Assessores de Comunicação da Justiça (III Conbrascom), realizado de 19 a 21 de novembro em Vitória/ES.
Durante a realização do congresso, a cidade de Florianópolis foi escolhida como sede da quarta edição, que acontece em novembro do ano que vem. O evento deste ano, que teve como eixo central o tema “Efetividade da Justiça, Planejamento Estratégico e Assessoria de Comunicação”, contou com a participação de 130 assessores de comunicação de órgãos do Judiciário,do Ministério Público, de Tribunais de Contas e outras entidades.
Na abertura, o presidente do Fórum Nacional de Comunicação e Justiça, jornalista Flávio Damiani, disse que a escolha do tema resultou de uma reflexão sobre a importância da participação estratégica das assessorias de comunicação no contexto das instituições. “Foi-se o tempo em que a nossa principal tarefa era fazer e repassar o release. A nossa atuação, hoje, além do diálogo com a mídia, com a utilização das novidades da tecnologia da informação, também envolve um planejamento estratégico que contribua, inclusive, para uma maior efetividade da Justiça”, destacou.
Na seqüência, o presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, desembargador Jorge Góes Coutinho, falou sobre as iniciativas do Judiciário capixaba e a importância da divulgação pelos meios de comunicação. “Sempre reclamávamos que o Judiciário não tinha uma tribuna para se expressar e se defender em situações adversas. Depois que nos estruturamos na área de comunicação as nossas atividades passaram a ter um espaço bem mais ampliado na mídia”, revelou.
Abordando a efetividade da Justiça através da comunicação, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Antônio Carlos Alpino Bigonha, comentou a insegurança dos profissionais do Direito no relacionamento com a imprensa. “Há uma nem sempre justa impaciência da mídia com os operadores do Direito. O que é preciso esclarecer é que os nossos tempos são diferentes”, frisou.
Segundo Bigonha, um dos desafios das assessorias de comunicação é quebrar a opacidade das instituições. “Ainda há falta de visibilidade das ações do Judiciário e do Ministério Público”, observou. Para ele, o órgão que não apresenta números para demonstrar o seu desempenho qualitativo tende a se tornar dogmático. “O Judiciário, no Brasil, tem praticado muito o dogmatismo. Ainda não temos números suficientes, acompanhados da respectiva análise dos dados, que sirvam como uma espécie de painel de controle pela sociedade”, lamentou.
O professor da Universidade de Brasília, Jorge Duarte, falou sobre o perfil do novo assessor de comunicação. Para ele, os comunicadores devem ajudar a organização a fortalecer e qualificar a sua identidade. “Há uma reclamação generalizada das organizações sobre a falta de proatividade dos comunicadores. Além de todas as outras competências exigidas para a área, há uma forte cobrança de visão e raciocínio estratégico do profissional que atua como assessor de comunicação”, concluiu.
Fonte: Ascom - 23.11.07, às 18h50min