As mulheres juízas e servidoras do Tribunal foram surpreendidas ao entrar no edifício-sede neste 8 de março - Dia Internacional do Mulher - com uma homenagem especial. Os servidores Silênio Jacintho de Oliveira e Augusto Eduardo Seara, ambos músicos, cantavam no saguão canções cuidadosamente escolhidas, inspiradas na força, na doçura e na sedução da mulher que é, ao mesmo tempo, mãe, filha e companheira.
A juíza vice-presidente do TRT, no exercício da presidência, Licélia Ribeiro, lembrou a origem do 8 de março e ressaltou que desde a metade do século XIX as mulheres conquistaram espaços importantes e que, embora em alguns escassos lugares elas ainda enxerguem o mundo pelas frestas de uma burka, no Brasil de hoje ninguém mais se espanta ao ver uma mulher dirigindo grandes empresas, ocupando ministérios ou mesmo presidindo o mais alto Tribunal do país. “Ninguém se surpreende, também, ao vê-las conduzindo um ônibus, um caminhão ou vestindo uma farda de policial”, lembrou .
Paulo Fernando Prazeres, médico do Saser, um dos coordenadores do projeto Judisporte, mencionou a ênfase de programas da área de recursos humanos com a saúde da mulher e convidou para a caminhada “De bem com a vida”, que iniciará às 08h30min do próximo dia 17, no trapiche da Avenida Beira-Mar Norte.
A dirigente do Sintrajusc, Adriana Ramos, criticou conceitos ainda existentes, como “mulher de César”, para referir a mulher perfeita, ou “mulher fatal”, como aquela que “induz ao pecado e ao crime”, que persistem nas páginas dos dicionários em pleno século XXI. Para ela, a mulher deve ser definida não só como alguém que pertence ao sexo feminino, “mas como aquela que é esposa, mãe, estudante, operária, enfim, a mulher que somos”.
Essa nova mulher, que conquistou os seus espaços, foi retratada nas canções interpretadas por Silênio e Guto, no reconhecimento de Sá e Guarabira, de que “Não há pedra em teu caminho, não há ondas no teu mar, não há vento ou tempestade, que te impeçam de voar”, e de Milton Nascimento, que adverte: “Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça, é preciso ter sonho sempre. Quem traz na pele essa marca possui a estranha mania de ter fé na vida”.
A homenagem foi organizada pela Secretaria de Recursos Humanos, em conjunto com o Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal de Santa Catarina – Sintrajusc.