TRT-SC participa de workshop sobre combate ao tráfico humano

Evento capacitou profissionais da rede de atendimento e apresentou tecnologias de apoio à investigação e proteção das vítimas

04/10/2024 15h27, atualizada em 07/10/2024 16h44

O Fórum de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas em Santa Catarina realizou o workshop "Práticas e Vivências no Enfrentamento ao Tráfico Humano", no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC), na quinta-feira (3/10).

O evento contou com a participação do Programa de Enfrentamento ao Trabalho Escravo, Tráfico de Pessoas e Proteção ao Trabalho do Migrante na Justiça do Trabalho (Pete+), representado por seus gestores, o desembargador Reinaldo Branco de Moraes e a juíza Ângela Maria Konrath. Também esteve presente o coordenador do Comitê Estadual sobre o tema, desembargador do TRT-SC Roberto Guglielmetto

Em sua fala, Guglielmetto ressaltou a relevância da iniciativa, afirmando que o Judiciário está comprometido e vigilante em relação a temas delicados como o tráfico de pessoas e o trabalho escravo, que muitas vezes, segundo ele, permanecem ocultos nos processos.

“Além de agir nas consequências, o Judiciário tem buscado fortalecer parcerias com instituições como o Ministério Público e a Polícia Federal para combater esses problemas. É fundamental intensificar o diálogo e valorizar protocolos de julgamento, como os de perspectiva de gênero, trabalho infantil e condições análogas à escravidão, para enfrentar essas questões de forma eficaz."
 

Programação


O evento começou pela manhã com uma oficina focada no estudo de casos práticos de tráfico de pessoas, abordando os desdobramentos desses crimes e o fluxo de atendimento às vítimas. No período da tarde, houve palestras de representantes de empresas que colaboram com o combate ao tráfico humano, como Alfonso Pena, diretor comercial da ClearviewAI, e Rafael Velasquez, secretário da Techbiz. Ambos apresentaram suas plataformas tecnológicas de apoio à aplicação da lei, com foco em investigações rápidas e seguras, e realizaram demonstrações ao público presente.

Saul Herrera, representante para a América do Sul da ONG americana The Exodus Road, compartilhou a experiência da organização no combate ao tráfico humano, mencionando operações como a "Renewed Hope", nos Estados Unidos, que resultou no resgate de cerca de 300 vítimas de abuso e exploração infantil.

Já Cinthia Meirelles de Azevedo, coordenadora da ONG no Brasil, ressaltou o trabalho realizado em regiões de fronteira, como Foz do Iguaçu e a região Norte, capacitando agentes públicos na identificação e resposta ao tráfico de pessoas, além de equipar as forças policiais com tecnologias específicas para combater esse crime.
 

Crime invisível


“O tráfico humano é um crime invisível, que só pode ser revelado através de treinamento e do uso correto das tecnologias", disse a especialista. A The Exodus Road, organização sem fins lucrativos registrada nos EUA, realiza, entre outras atividades, o TraffickWatch Academy, um programa de treinamento composto por dez módulos, com especialistas brasileiros, voltado para a identificação e resposta ao tráfico de pessoas.

Segundo a ONG, o tráfico de pessoas é o terceiro crime mais praticado no mundo e movimenta cerca de 30 bilhões de dólares por ano.
 

O Fórum


Além do TRT-SC, o Fórum é composto pelo Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC), a OAB-SC, Polícia Federal, Defensoria Pública, TRT-SC, Defensoria Regional de Direitos Humanos da DPU, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ⁠Pastoral do Migrante de Santa Catarina e Cáritas Brasileira, Regional de Santa Catarina. A coordenação está a cargo do procurador Acir Hack, do MPT-SC.

 

A imagem retrata quatro pessoas posando para uma foto em um ambiente formal, provavelmente relacionado a um evento institucional. Duas mulheres e dois homens estão lado a lado, todos usando crachás de identificação. As mulheres estão à esquerda, uma delas vestida com um casaco colorido e a outra com uma jaqueta preta. Os dois homens à direita usam ternos escuros e gravatas. Todos sorriem para a câmera, e ao fundo há um banner que parece conter siglas de uma organização ou evento. O ambiente tem plantas decorativas e uma iluminação clara.
A partir da esquerda: Lellete Coutto (cineasta e professora de música),  Ângela Konrath, Acir Hack e Reinaldo Moraes

 

 

Texto: Andréa Gonçalves (estagiária)
Secretaria de Comunicação Social  
Divisão de Redação, Criação e Assessoria de Imprensa 
(48) 3216-4303 / 4320 - secom@trt12.jus.br  

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