Embora tenha prejudicado o andamento das audiências nas varas do trabalho, o distanciamento social causado pela pandemia da covid-19 está ajudando a popularizar o uso das videoconferências na Justiça do Trabalho. Graças a esse recurso, a equipe do Centro de Conciliação (Cejusc) de 2º grau manteve a rotina de audiências e, desde o início da quarentena (16 de março) até a última quarta (22), conseguiu homologar R$ 4,7 milhões em dívidas para trabalhadores de todo o estado.
"Tivemos de nos adaptar, mas antes mesmo do isolamento já usávamos a videoconferência e o WhatsApp em quase metade das audiências, isso ajudou”, afirma o juiz-coordenador do Cejusc, Roberto Masami Nakajo. A medida era adotada para evitar o deslocamento de advogados ou prepostos que moram em cidades distantes, ou mesmo em outro estado.
Devido ao confinamento, todo o trabalho do Cejusc passou a ser feito da casa dos servidores e magistrados, que usam ferramentas como o Google Meet (Hangouts) e o WhatsApp para conversar simultaneamente com advogados, prepostos e partes. Das 27 tentativas de acordo realizadas durante a quarentena, houve solução consensual em 21 — um índice de 78%, bem acima da média das 156 audiências deste ano (34%).
"Os resultados têm sido expressivos e essa experiência pode ser aproveitada pelas varas. Estamos à disposição para auxiliar no que for necessário”, afirma o magistrado, que vê nas videoconferências o caminho natural para que a Justiça do Trabalho mantenha acesa a chama da conciliação, mesmo num cenário de turbulência econômica.
“Com a suspensão dos prazos processuais, haverá um acúmulo natural dos processos”, alerta. “Devemos ser capazes de mostrar que a conciliação é uma boa solução para as partes, sobretudo diante das dificuldades deste momento único que estamos vivendo”, conclui.
Texto: Fábio Borges / Imagem: Divulgação
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