Os centros de conciliação da Justiça do Trabalho catarinense, conhecidos como Cejuscs, homologaram R$ 238,4 milhões em acordos em 2020, montante 17% superior ao de 2019. Já o índice de conciliação, que mede o percentual de acordos firmados em relação ao total de tentativas realizadas, praticamente não se alterou: 43,3% no ano de 2020 ante aos 43,5% do ano anterior. Os números levam em conta os dois graus de jurisdição somados.
A maior parte do resultado, 61,2%, foi alcançada pelos 13 centros de primeiro grau: ao todo, foram R$ 145,9 mi em 4,6 mil acordos realizados. As unidades de Criciúma e Lages obtiveram os melhores índices, com 72% e 68,3%, respectivamente. O Cejusc de 2º Grau, sozinho, homologou os outros R$ 92,5 mi, obtidos com 524 acordos.
O crescimento do valor total homologado surpreendeu o coordenador do Núcleo Permanente de Conciliação do TRT-SC, juiz Roberto Masami Nakajo. “No primeiro grau houve um crescimento de 15%, indicando que as varas do trabalho e juízes estão sendo mais estratégicos na triagem dos processos”, avalia o magistrado.
De acordo com ele, essa estratégia poderá ser ainda mais aprimorada utilizando-se a inteligência artificial (IA). “Com o Concilia-JT, as varas do trabalho vão poder selecionar os processos aptos à conciliação de maneira mais cirúrgica”, explica o magistrado, referindo-se à ferramenta desenvolvida no TRT-SC que utiliza princípios da IA para estimar a chance de conciliação em uma ação trabalhista.
Os acordos também reverteram valores para os cofres da União, com R$ 11,2 milhões arrecadados a título de contribuições previdenciárias, custas processuais e imposto de renda.
Texto: Clayton Wosgrau / Imagem: Banco de imagens
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