Evento reuniu, durante três dias, equipes de inovação de mais 20 tribunais no TRT-SC para troca de experiências e alinhamento de atuação
Durante três dias intensos de atividades, o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC) foi palco do Go Labs, curso de Gestão e Operação de Laboratórios de Inovação. Com clima de encontro, a capacitação reuniu representantes de 20 TRTs, além do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) e da Justiça Federal de Santa Catarina (JF-SC), totalizando 20 horas de trocas de experiências, debates e dinâmicas colaborativas.
O principal objetivo do Go Labs foi fomentar a cooperação entre os laboratórios, fortalecendo redes de colaboração e o desenvolvimento de soluções conjuntas para os diversos desafios enfrentados pelos tribunais. No último dia, os participantes se dividiram em grupos para realizar exercícios práticos e compartilhar projetos em andamento, com destaque para as iniciativas desenvolvidas pelo Laboratório de Inovação do TRT-SC (Labinova).
A coordenadora de Projetos Estratégicos e Inovação do TRT-SC, Tamilly Viríssimo, apresentou a estrutura de trabalho do Labinova, detalhando a forma como as demandas são tratadas, desde a realização de oficinas e reuniões até a documentação e divulgação interna das ações.
Experiência transformadora
Para Lara Jorge, coordenadora do Labinova do TRT-15 (Campinas e interior de SP), a experiência foi transformadora.
“A atitude pioneira de trazer os representantes da Justiça do Trabalho para pensar nas estratégias dos laboratórios foi sensacional. Saímos daqui com a cabeça fervendo, cheios de vontade de aplicar na prática. Quero priorizar, por exemplo, a melhoria do fluxo de trabalho no meu regional, tornando-o menos burocrático e mais ágil”, disse.
Construção coletiva de conhecimento

O juiz do trabalho Rodrigo Trindade, do TRT-4 (RS), destacou o valor da construção coletiva de conhecimento. “O maior aprendizado foi perceber que o conhecimento dos laboratórios precisa ser construído de forma cooperativa, sem competição ou monopólio de ideias. O evento superou as expectativas”, elogiou.
Ele também ressaltou o desafio de organizar um encontro desse porte, especialmente tratando de um tema ainda emergente. “Não é fácil criar esse tipo de evento, ainda mais em uma área que estamos desbravando. É diferente de um congresso jurídico tradicional, onde já há décadas de conhecimento acumulado”, comparou.
Necessidade de conscientização

A desembargadora Flávia Simões Falcão, do TRT-10 (DF e TO), também avaliou positivamente a experiência. Diretora da Escola Judicial (Ejud-10), ela foi convidada pela equipe do Labinova do seu regional para participar do evento.
“Há uma necessidade urgente de conscientização dentro dos tribunais, especialmente por parte dos magistrados, sobre o real significado e o potencial dos laboratórios de inovação”, enfatizou a desembargadora.
“O curso abriu muito a minha mente e a minha visão sobre o tema. Pensar em soluções com profissionais de diferentes áreas é mais produtivo. Os laboratórios trazem metodologias eficazes que contribuem para melhorias com foco em resultados”, completou.
Desejo de continuidade
O encerramento do encontro ficou por conta da coordenadora do Comitê Gestor de Governança da Inovação do TRT-SC, desembargadora Mari Eleda Migliorini. Emocionada, ela celebrou o sucesso da iniciativa, propondo a criação de uma rede de laboratórios da Justiça do Trabalho.
“O resultado foi muito além do que esperávamos. Agradeço a confiança de todos. Depois de tudo que vivenciamos aqui, ficou claro que há um desejo unânime de continuidade. Que essa união nos fortaleça e que a troca constante de ideias traga resultados ainda mais eficientes para nossos jurisdicionados”, desejou.
Texto: Priscila Tavares
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