“A sociedade espera o melhor de nós”, destaca desembargadora no lançamento do Circuito Inova +

Por meio de pontuação e benefícios, iniciativa pretende estimular criatividade de magistrados e servidores para solucionar os principais problemas da Justiça do Trabalho

31/03/2023 17h03, atualizada em 03/04/2023 12h36
Fotos: Cassiano Ferraz

“A sociedade espera o melhor de nós. E nós queremos dar o melhor para prestar o melhor serviço”. Foi com essas palavras que a coordenadora do Comitê de Inovação do TRT-12, desembargadora Mari Eleda Migliorini, trouxe o entusiasmo para todos os presentes no lançamento do Circuito Inova + (lê-se Inova Mais), na sexta-feira (31/3). O evento ocorreu na sede do tribunal e foi transmitido pelo canal do TRT-12 no Youtube.

A desembargadora, que já esteve à frente de outros eventos de inovação, como o Hackathon Inova TRT-SC, em 2019, enfatizou que “se as soluções existentes não são as melhores, nós podemos melhorá-las. É hora, agora, de os que têm sugestões as oferecerem. E lutarem pela realização delas. A instituição quer ouvir”, conclamou.

No meio de sua fala, Mari Eleda fez uma dinâmica com os participantes, onde todos deveriam escrever em um papel, durante um minuto, os problemas do tribunal. Depois, pediu para que o papel fosse amassado com “muita raiva” e que fosse jogado para longe, “gritando” a frase “esse problema não é meu!”.

Em seguida, perguntou: “alguém pegou o papel de vocês, isto é, o problema de vocês?”. E finalizou dizendo que o correto é cada um enfrentar o seu problema, e não se livrar dele, sendo necessário “colocar a mão na massa” e buscar soluções.

O que é o Circuito Inova +

O detalhamento do Circuito foi feito pelo diretor da Secretaria de Gestão Estratégica (Segest), Gustavo Ibarra. Trata-se de um conjunto de atividades, chamadas de “treinos”, ligadas à inovação, sustentabilidade, acessibilidade e inclusão. Elas vão acontecer nas modalidades online, híbrida ou presencial.

O Circuito transcorrerá ao longo de 2023 através da realização de debates, palestras, cursos, eventos e workshops, por exemplo. Não é necessário se inscrever, basta participar de um treinamento lançado pelo programa. 

Mulher de cabelos negros, curtos, discursa em um púlpito.
Desembargadora Mari Eleda: "se as soluções existentes não são as melhores, nós podemos melhorá-las."

Cada participante será chamado de “atleta” e ganhará pontos na medida em que participar das atividades propostas. Ibarra enfatizou que “é um jogo leve e divertido, não uma competição, e todos vão conseguir evoluir”.

A iniciativa é para magistrados e magistradas, servidores e servidoras, que serão distribuídos em “ligas” por doze circunscrições do TRT-12. Cada atleta, à medida em que evoluir, ganhará créditos (icoins) que poderão ser convertidos em benefícios, como horas de capacitação ou folgas compensatórias (quando a participação em alguma atividade for realizada fora do horário de expediente). 

Os “atletas” poderão acompanhar sua evolução pelo site do Circuito. “Os principais benefícios ganhos ao participar, além de adquirir conhecimentos e habilidades, é estar apto a desenvolver soluções e ter a possibilidade de encontrar possíveis parceiros de trabalho”, destacou Ibarra.

Abertura

Na mesa de abertura do evento também estavam presentes o presidente do TRT-12, desembargador José Ernesto Manzi, o vice-presidente, desembargador Wanderley Godoy Júnior, e o corregedor, desembargador Nivaldo Stankiewski. Além deles, outros membros da Corte, juízes e servidores acompanharam o lançamento do Circuito Inova +.

Manzi expressou o entusiasmo da desembargadora Mari Eleda e frisou a importância do projeto, ressaltando que a palavra inovação termina com “ação”, e que devemos colocar em prática as ideias e recuperarmos o entusiasmo. “A tecnologia é feita para nos proporcionar mais tempo e para expressarmos mais e melhor nossos sentimentos”, refletiu.

O evento contou ainda com a apresentação de um vídeo sobre o histórico do Programa Inova TRT-SC e finalizou com o sorteio de brindes entre os participantes presenciais e telepresenciais, oferecidos pelo Laboratório Via Estação Conhecimento, da Universidade Federal de Santa Catarina

 


Texto: Priscila Tavares
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