Essência da inovação é uma reflexão eterna sobre o problema a ser resolvido, afirma especialista

Para Wesley Vaz, que fez a palestra inaugural do Inova Summit JT, instituições públicas muitas vezes gastam energia com problemas sem relevância

28/06/2023 15h11, atualizada em 30/06/2023 12h56
Cassiano Ferraz

Os laboratórios de inovação do setor público devem se preocupar sobre como suas instituições discutem os problemas e tentam encontrar soluções para eles. A afirmação é do auditor-chefe de Governança e Inovação do Tribunal de Contas da União, Wesley Vaz, que fez a palestra inaugural do Inova Summit JT 23, nesta quarta-feira (28/6), em Florianópolis (SC).

Organizado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC), o evento reúne até sexta-feira, no Ministério Público Estadual, representantes de Labs e áreas de gestão estratégica de 22 TRTs. O objetivo da jornada é alinhar os projetos de inovação de cada tribunal ao planejamento estratégico do Judiciário trabalhista, formando parcerias entre os órgãos para desenvolvê-los. 

A afirmação de Vaz decorre de uma constatação que ele tem observado em sua experiência como palestrante: as instituições públicas gastam muita energia naquilo que não é importante.

“Na minha visão, inovação é a busca ordenada de soluções inteligentes para problemas relevantes. Só que muitas vezes atacamos problemas sem nenhuma importância, e outras, tratamos problemas relevantes com soluções nada inteligentes”, afirmou Vaz, analista de sistemas de formação e que ao longo de sua trajetória especializou-se em inovação, estratégia e liderança. 

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Vaz: instituições adotam processo inovador somente depois de normatizado

“A essência da inovação não é a busca da solução, mas sim a reflexão eterna sobre o problema que precisa ser resolvido. E esse problema deve ser relevante para toda a instituição, não apenas para alguma área específica”, deixou o alerta.

Sem norma, sem inovação

Trazendo uma série de informações históricas e atuais relativas à inovação, Wesley Vaz explicou aos participantes um dos motivos pelos quais as instituições públicas costumam adotar um processo inovador de forma tardia, quase em exaurimento, em razão da necessidade de normatização. 

“É necessário que aconteça uma série de coisas para que um processo de inovação seja normatizado: precisa estar maduro, precisa ter riscos mitigados etc. E muitas vezes, nem com normas definidas o adotamos, essa que é a verdade”, provocou.

Assista a palestra de Wesley Vaz na íntegra:

 

O Summit prossegue até sexta-feira (30/6). Clique e assista às palestras da tarde.

Veja o álbum de fotos do evento.

 

 

Texto: Clayton Wosgrau
Secretaria de Comunicação Social
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