Coordenadora regional do PTS abre seminário sobre gestão de saúde e segurança no trabalho

Atuação do Programa Trabalho Seguro na saúde mental foi foco da exposição

06/11/2024 11h29, atualizada em 06/11/2024 14h37
Camila Collato

A coordenadora regional do Programa Trabalho Seguro (PTS) da 1ª circunscrição (Florianópolis, São José e Palhoça), juíza do trabalho Maria Aparecida Ferreira Jeronimo, foi a palestrante de abertura do seminário técnico “Desafios na Gestão da Saúde e Segurança do Trabalho (SST)”. Promovido pelo Instituto Trabalho e Vida (link externo), o evento foi realizado nesta quarta-feira (6/11), no auditório do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC).

A iniciativa foi voltada para profissionais que atuam na gestão de segurança e saúde no trabalho, incluindo engenheiros, médicos, técnicos de segurança, profissionais de recursos humanos e estudantes de áreas correlatas. O espaço foi cedido a pedido do Instituto.
 

Fotografia de uma mulher de cabelos curtos e escuros, alta, magra, trajando uma blusa de manga longa verde escuro e saia preta, usando um óculos de aro preto. Ela fala em pé, ao microfone, em um púlpito de acrílico no qual se lê na frente "TRT-12ª Região Santa Catarina"
“O que para mim é irrelevante, para o outro pode ser impactante”, frisou a coordenadora do PTS

 

Assédio


Com o tema “Prioridades do Programa Trabalho Seguro para 2024 e 2025”, Maria Jeronimo iniciou sua exposição aos participantes indicando que as doenças relacionadas à saúde mental já são a quarta causa mais apontada para os afastamentos das atividades laborais. “No Poder Judiciário, isso se reflete principalmente nas ações relativas ao assédio moral”, explicou.

Para a magistrada, o assédio no ambiente de trabalho pode se manifestar de diversas formas: por meio da sonegação de informações ao empregado, tratamento com rigor excessivo por parte da chefia, isolamento físico do trabalhador em relação aos demais colegas, estabelecimento de metas desproporcionais à realidade e, ainda, o assédio de ordem sexual.
 

Prevenção


“O que para mim é irrelevante, para o outro pode ser impactante”, frisou Maria Jeronimo, ao chamar a atenção do público para a diversidade de pessoas em nossa sociedade. Para a coordenadora, a existência de uma orientação para a prevenção, somada ao cumprimento das leis de proteção ao trabalhador, bem como a ações de educação corporativa para eliminar o preconceito, racismo e sexismo no ambiente de trabalho são essenciais para a manutenção da saúde mental.

Outras medidas evidenciadas pela magistrada foram a criação de comissões de combate ao assédio e de acolhimento das vítimas nas empresas, a formação de grupos de apoio e a extensão destes aos trabalhadores terceirizados, estagiários e aprendizes.

A abertura do seminário contou ainda com a presença do superintendente regional do trabalho (MTE-SC), Paulo Roberto Eccel; o engenheiro de segurança do Serviço Social da Indústria da Construção Civil (Seconci), Jean Iadroxitz; a diretora vice-presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Santa Catarina (Senge-SC), Karla Maria Cerpa Zavaleta; o líder de negócios em segurança do trabalho do Sesi-SC, Lucas Bergmann; a diretora da Associação Catarinense de Medicina do Trabalho (ACAMT) e especialista em medicina do trabalho do Sesi-SC, Elisa Martinez; e a coordenadora do eixo Saúde, Beleza e Segurança do Senac, Carolina Rodrigues Milhorini. 
 

Fotografia de um grande grupo de pessoas, em pé, em um auditório. Há duas fileiras de cadeiras pretas, uma à direit a eoutra à esquerda. No meio, um corredor com um tapete vermelho.
Seminário abordou temas como doenças mentais relacionadas ao trabalho, a gestão das Normas Regulamentadoras (NRs) e boas práticas de segurança do trabalho na construção civil (Foto: Isabela Barbosa/TRT-SC)

 

Texto: Camila Collato
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