Aconteceu no último final de semana o Lawtech Floripa Hackathon, evento inspirado nas maratonas de programação realizadas nos Estados Unidos em que os participantes formam equipes e, numa competição colaborativa, desenvolvem soluções tecnológicas para um problema proposto. Nesta edição realizada em Florianópolis, o foco era resolução de demandas ligadas ao Direito.
Participaram 80 profissionais das áreas jurídica, de tecnologia, negócios e design, que desenvolveram dez projetos ao longo de 52 horas de maratona. Entre eles, três servidores da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic): Juliano Bez, Guilherme Simoni e o diretor da área, Gustavo Ibarra.
Os três avaliaram a experiência como bastante positiva. Juliano destacou a "atmosfera altamente empreendedora, com pessoas guiadas pela inovação”. Guilherme ressaltou a oportunidade de conferir como o mercado privado desenvolve novos produtos e ideias para solucionar os problemas. Para Gustavo, todos os funcionários da administração pública deveriam passar por uma experiência enriquecedora como essa, “de extremo valor para adquirir novos conhecimentos”. Outros órgãos representados eram o TJ-SC, MP-SC e OAB-SC.
Ideias inovadoras
A proposta vencedora apresentou o projeto de um aplicativo que, em poucos minutos e em uma plataforma única, emite guia de pagamento judicial de qualquer um dos 91 tribunais do país. O segundo colocado foi o projeto de um sistema capaz de apontar demandas repetitivas ao Judiciário, permitindo julgamentos mais céleres e isonômicos. Foram premiados os três projetos mais bem avaliados.
A presidente do Tribunal, desembargadora Mari Eleda, assistiu à apresentação dos trabalhos produzidos. “Fiquei impressionada em como a capacidade de produção dos jovens tecnólogos é contagiante. Vi juízes e advogados envolvidos no esforço de produzir soluções naquele ambiente fabril e febril, agitado, imposto pela tecnologia, com uma informalidade com a qual não estamos habituados. Percebi também como a presença de gente do mundo jurídico é importante para prevenir soluções contrárias à lei”, avaliou a desembargadora.
“Foi gratificante também ver o entusiasmo dos nossos servidores por estarem participando de um evento assim, o que é um passo fundamental para responder à disposição deles de se aprimorar e ajudar na busca de soluções. Nosso Tribunal sempre foi de vanguarda nesse aspecto e temos de manter o ritmo. Há muito que pode ser feito para nos ajudar na adjudicação do Direito”, concluiu a presidente.
Organizadores
Para Sérgio Cemin, um dos organizadores do evento, o sentimento é de dever cumprido. “Ver aqueles olhos brilhando, cabeças fervilhando, energia de sobra em ideias que estavam presas em suas mentes, nos faz entender que a essência do Hackathon foi entregue à sociedade e que juntos podemos gerar impacto e ser protagonistas da conexão do Direito com a realidade 4.0. É mais que um evento, é uma transformação de mindset”, assinalou.
A maratona foi promovida pela Comunidade Empreendedora SC, organização sem fins lucrativos que tem o propósito de inspirar, conectar e capacitar pessoas em busca de um mundo mais justo e empreendedor. Para isso, realiza eventos, encontros, palestras e outras atividades voltadas à livre troca de conhecimento entre os participantes.
Texto: Camila Velloso / Foto: divulgação
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