“Condenações trabalhistas não repõem membros amputados ou decepados”, afirma juiz em palestra a trabalhadores

30/11/2017 16h07
Juiz Ricardo Jahn visita escola
Juiz Ricardo Jahn visitou trabalhadores da obra que liga Santa Catarina ao Rio Grande do Sul


“Condenações trabalhistas não restauram a condição física original de uma pessoa, não repõem um braço decepado ou uma perna amputada”. Foi neste tom de alerta que o juiz do trabalho catarinense e gestor nacional do Programa Trabalho Seguro Ricardo Jahn conversou, na manhã de segunda (27), com os trabalhadores do consórcio responsável pelas obras na Serra da Rocinha, em Timbé do Sul, formado pelas empresas Setep, Ivai e Sotepa.

O gestor focou a palestra na prevenção de acidentes de trabalho, seus reflexos para as famílias e eventuais condenações trabalhistas. Alertou os trabalhadores sobre a importância de se manter o ambiente de trabalho seguro, já que “eles são os principais interessados na própria segurança”.

A obra no sul do Estado é uma das maiores já realizadas na região, com cerca de 270 trabalhadores - 200 deles de empresas terceirizadas. São 22 quilômetros de obras, sendo nove com asfalto e 13 de concreto, além de duas pontes e quatro viadutos.

“Apesar de ser uma obra complexa e com muitas dificuldades, os trabalhadores estão há 425 dias sem acidentes, segundo informações repassadas pelo consórcio”, disse o magistrado. Jahn também ponderou sobre a importância dessas empresas atuarem de forma responsável com relação aos seus empregados.

Esta foi a primeira vez que o consórcio realizou um bate-papo sobre segurança no trabalho. Para o engenheiro Esequiel Custódio dos Santos, as informações prestadas pelo magistrado “não apenas reforçaram os pontos críticos sobre as responsabilidades de se trabalhar de forma segura, como foram esclarecedoras quanto às questões dos processos trabalhistas. Foi uma conversa muito proveitosa”, concluiu.

Jornadas extensas

Juíza Desirré Bollmann em palestra em Blumenau
Juíza enfatizou as responsabilidades das empresas terceirizadas quanto à segurança dos seus trabalhadores

 

Juíza enfatizou as responsabilidades das empresas terceirizadas quanto à segurança dos seus trabalhadores

Em Blumenau, a juíza Desireé Bollmann, diretora do Foro de Blumenau e uma das gestoras auxiliares do PTS no Estado, participou como palestrante do seminário "Saúde do Trabalhador e os Impactos da Reforma Trabalhista". A magistrada abordou o problema das jornadas extensas e a obrigação da tomadora de serviço em garantir condições de segurança aos terceirizados.

O seminário foi voltado aos dirigentes sindicais, professores e alunos da Universidade Regional de Blumenau (Furb) e técnicos de segurança de empresas. O evento aconteceu no dia 21 e foi promovido pelo Conselho Municipal de Saúde em parceria com a Furb.
 

 

 

 

 

 

 


Texto: Daniele Rodrigues/ Fotos: divulgação
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