Estudantes do do meio-oeste catarinense participam de palestra sobre trabalho infantil e aprendizagem

06/09/2019 17h37
Na foto, Juíza Lisiane Vieira (em pé, à esq) e cerca de 70 estudantes do oitavo ano
Juíza Lisiane Vieira (em pé, à esq) destacou que a melhor forma de o jovem ingressar no mercado de trabalho é pela via da aprendizagem

 

Cerca de 70 estudantes do oitavo ano de três escolas públicas das cidades de Joaçaba e Herval d'Oeste participaram de uma palestra sobre os mitos e verdades em torno do trabalho infantil. A ministrante foi a gestora auxiliar do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem para Joaçaba e Região, a juíza do Trabalho Lisiane Vieira, que também falou sobre a importância de os menores de 18 anos ingressarem no mercado de trabalho pela aprendizagem, modalidade segura de contratação prevista pela Lei 10.097/2000.

A palestra aconteceu no final de agosto, na Câmara de Vereadores de Herval D´Oeste, durante a quarta edição do Projeto DOM - Desenvolvendo Oportunidades de Mudança, evento promovido pela Junior Chamber International (JCI). A JCI é uma organização presente em 110 países, com 200 mil integrantes, que busca proporcionar oportunidades de desenvolvimento que preparem jovens a implementar mudanças positivas na sociedade.

Durante a conversa, a magistrada ressaltou a importância do estudo e da qualificação profissional para o ingresso no mercado de trabalho, além de apresentar estatísticas para demonstrar como o trabalho precoce afasta as crianças e jovens da escola. Segundo dados da Fundação Telefônica/Vivo, o trabalho infantil é uma das principais causas de evasão escolar, responsável por 22,6% dos casos, além de diminuir o progresso escolar em 24,2% e reduzir a aprovação escolar em 17,2%.

Outro tópico abordado foi casos de acidentes e doenças do trabalho e os motivos pelos quais as crianças e jovens estão mais vulneráveis a isso, como falta de informação e de experiência, além de suas estruturas corporais ainda estarem em formação.

A juíza também apresentou as soluções que o Programa sugere, entre elas, o estímulo à aprendizagem como forma de incluir o jovem no mercado de trabalho, com adequada profissionalização, e não como mão de obra barata, e o estímulo a iniciativas culturais, esportivas e voltadas ao desenvolvimento científico, para manter a criança e o jovem na escola em tempo integral.

“Um dos vídeos que apresentei foi de uma jovem brasileira que estuda bioengenharia em Harvard, e percebi como os alunos prestaram atenção. Quis passar especialmente esse vídeo para mostrar como o desenvolvimento científico pode curar doenças para a melhoria de qualidade de vida das pessoas, e que ainda há muito o que desenvolver nesse campo. Basta estudar e querer”, afirma Lisiane Vieira.

A juíza ainda indicou aos estudantes as instituições locais que podem auxiliar na procura por vagas de aprendizagem, principalmente as do Sistema S, como Sesi, Senai, Senar, Senat, Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

 

Texto: Daniele Oliveira// Foto: Divulgação Câmra dos Vereadores de Herval D'Oeste 
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