Palestra e diálogo com Administração marcam primeiro dia de encontro da Escola Judicial do TRT-SC

O primeiro módulo de 2014 da Escola Judicial do TRT-SC iniciou na tarde desta quarta-feira (19), no auditório do Fórum da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), no bairro Trindade em Florianópolis. Dedicado à memória do procurador do trabalho Egon Koerner Júnior, que faleceu no último sábado, o encontro dos magistrados das duas instâncias da Justiça do Trabalho catarinense segue até sexta-feira (21).

O presidente do Tribunal, desembargador Edson Mendes de Oliveira, abriu o evento, desejando boas-vindas e um encontro institucional produtivo a todos. Em seguida, foi iniciada a primeira palestra, “Reaprender a aprender: desafio para pessoas e organizações”, conduzida por José Jansen de Mello, ex-padre e atualmente consultor de empresas e professor da Fundação Dom Cabral e da UFRJ.

Zeca de Mello, como é conhecido, ressaltou aos magistrados a importância de sempre buscar novos conhecimentos e “manter viva a chama do desejo de aprender cada vez mais”. Segundo o palestrante “a capacidade de manter o interesse e a curiosidade de aprender coisas novas é a chave para o domínio dos conhecimentos”. Ele citou, a respeito, o escritor norte-americano Alvin Toffler, que na década de 70 afirmou que “o analfabeto do século XXI não será aquele que não conseguir ler e escrever, mas aquele que não conseguir aprender, desaprender, e reaprender”.

Mello encerrou sua apresentação falando da empatia, que definiu como a “capacidade de sentir por dentro” e que, segundo ele, é um artifício que deve ser usado pelo magistrado na hora de julgar. “A empatia consiste em reconhecer o outro e reconhecer-se no outro, o que permite analisar uma questão a partir de um novo olhar. Essa prática auxilia na solução de problemas complexos e nos permite ser mais dignos”, concluiu.
 

Conversa com a Administração
 

A segunda parte da programação foi dedicada a uma conversa entre os magistrados e os três desembargadores que compõem a atual Administração do Tribunal.

Permeando em sua fala citações de autores célebres como Santo Agostinho e Barão de Itararé, entre outros, o presidente Edson Mendes de Oliveira falou das iniciativas que já foram tomadas e de outras que ainda estão por vir, como a instalação da 2ª VT de Brusque e a construção de novos prédios para unidades que ainda não possuem sede própria. A edição da Portaria 53/2014, que nomeou dois juízes de primeira instância para auxiliarem a Presidência, também foi destacada pelo desembargador como uma experiência inédita no TRT catarinense.

Mendes também falou sobre a aprovação pelo Congresso Nacional de novos cargos de TI para o Tribunal, atualmente aguardando sanção da presidente Dilma Roussef. Ele também mencionou a necessidade de manter e ampliar os mecanismos de atuação do Conap – órgão interno do TRT-SC -, de suporte à 1ª Instância, na expansão do PJe-JT e em conciliações com grandes litigantes. Citou, ainda, um novo projeto que está sendo desenvolvido pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplan) - o Gestão da Estatística e Gestão de Metas -, brevemente apresentado aos magistrados pela diretora Fernanda Ferreira.

Em seguida, foi a vez da desembargadora Viviane Colucci, que falou do papel e dos desafios da vice-presidência, como a atividade de ouvidoria e a direção da Escola Judicial, entre outros.

A desembargadora, em sua gestão como diretora da Escola, está dando início a um processo de regionalização da sua atuação. Para isso, foram criadas dentro do Estado oito regiões - divididas de acordo com a “compatibilidade das atividades socioeconômicas”, segundo a magistrada. Cada uma delas contará, como representantes, com um desembargador e um juiz de primeira instância lotado na área geográfica respectiva. “O objetivo é aprofundar o sentimento de pertencimento e contemplar as especificidades regionais nos conteúdos abordados pela Escola em seus módulos”, esclareceu.

Encerrando o primeiro dia de encontro, o desembargador Gracio Petrone falou de como será a sua atuação à frente da Corregedoria, que enxerga como um órgão pedagógico e não punitivo. “É um olhar externo que, por isso, favorece a visão de solução de problemas e de práticas que apresentem um melhor resultado. Mas não é um órgão externo, de fora do Tribunal. Estamos todos no mesmo barco, com o mesmo objetivo, que é atuar em prol de quem nos procura”, assinalou.

A programação do primeiro módulo da Escola Judicial de 2014 segue durante toda esta quinta-feira (20) e na parte da manhã de sexta (21).

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Fonte: Assessoria de Comunicação Social - TRT-SC
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