Greve termina após pressão da justiça

12/06/2013 09h50

Trabalhadores do transporte coletivo de Florianópolis decidiram terminar a paralisação após Justiça do Trabalho marcar julgamento do dissídio da categoria para amanhã. Medida do Sintraturb visa evitar reajuste aquém do desejado. Ônibus voltaram a circular na madrugada

A decisão da Justiça ontem à tarde de marcar para amanhã o dissídio da categoria foi determinante para o fim da greve dos motoristas e cobradores de ônibus da Grande Florianópolis. A volta ao trabalho foi decidida pelos integrantes do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Urbano na Grande Florianópolis (Sintraturb) às 21h50min de ontem, depois de quase duas horas de assembleia. Os ônibus já estão circulando normalmente.

A decisão foi tomada para evitar que a Justiça do Trabalho determinasse o índice de reajuste salarial e levasse as demais solicitações para julgamento – na prática, os integrantes do sindicato temiam receber menos do que a proposta de 9,79% oferecida pelo Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo da Grande Florianópolis (Setuf).

Levou duas horas para que a diretoria do sindicato dos trabalhadores convencesse os cerca de 600 motorista e cobradores a acabar com a greve.

MP pediu execução das multas diárias

Uma série de medidas adotadas pela Justiça para que a população voltasse a ter transporte foi fundamental. No início da tarde, na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), não houve acordo entre empresas e Sintraturb. Diante do impasse, o desembargador Gilmar Cavalieri marcou o dissídio para amanhã.

Na sequência, o procurador do Ministério Público do Trabalho Alexandre Freitas pediu a execução provisória da multa diária de R$ 100 mil a ser paga pelos dois sindicatos por causa do descumprimento da manutenção da frota mínima. O procurador solicitou que os valores fossem cobrados imediatamente.

No documento constava ainda que se não houvesse recursos disponíveis os sindicatos deveriam indicar bens a serem penhorados, que ficariam indisponíveis até o julgamento final do caso, o que poderia levar anos.

13 mil crianças deixaram de ser atendidas nas escolas na Grande Florianópolis

4 mil procedimentos de saúde não foram realizados por causa da paralisação do Sintraturb

92%dos funcionários que conseguiram comparecer aos seus locais de trabalho chegaram após o início da jornada
 

Fonte: Diário Catarinense

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