![Paulo Storani](/sites/default/files/inline-images/storani.jpg)
Não importa a área em que você atue. Pode ser um magistrado na solidão de seu gabinete, concentrado na redação de uma sentença que irá garantir Justiça a um trabalhador, ou um policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) executando uma missão numa madrugada quente de algum morro carioca. O fato é que no mundo de hoje é raro encontrar profissionais sem metas e objetivos para atingir. Missão dada, é missão cumprida.
Essa foi a mensagem que o "caveira" Paulo Storani, ex-subcomandante do Bope, professor e mestre em Antropologia Social, fez questão de passar aos magistrados presentes na abertura do 1º Encontro Institucional da Magistratura do Trabalho de Santa Catarina, que começou nesta segunda-feira (14) e segue até sexta (18), em Florianópolis.
O título da palestra - "Construindo uma equipe de elite" - veio a calhar para quem teve, por quase cinco anos, a missão de selecionar a tropa de elite da Polícia Militar do Rio de Janeiro. "Para trabalhar no Bope, o policial tem que ser voluntário e ter a consciência que estará mais exposto ao risco, mesmo sem receber nada a mais por isso", explica Storani.
A chave para se construir uma equipe de elite, segundo o policial, é que o selecionado tenha, acima de tudo, determinação. "Claro que o conhecimento técnico e acadêmico é importante, mas o sujeito precisa ter vontade de colocar tudo isso em prática", explica.
Outro segredo, para ele, é o profissional encontrar valor naquilo que faz. "O quanto meu trabalho é importante para mim e para aquelas pessoas que dependem da minha atividade? Quando se encontra a resposta, não tem jeito, o coração bate mais rápido e é nesse momento que você deixa de ter um trabalho e passa a ter uma missão", afirma o capitão, que, somente neste ano, contabiliza 305 palestras.
![magistrados no encontro institucional](/sites/default/files/inline-images/magistrados%20no%20encontro%20inst.jpg)
Tropa de Elite
Storani ganhou popularidade a partir do lançamento do filme Tropa de Elite, em 2007, dirigido pelo documentarista José Padilha. Na época, dava aulas em quatro faculdades e parou tudo para trabalhar como consultor técnico e na seleção do elenco. Vencedor do Festival de Berlim (melhor filme) de 2008, o longa-metragem causou polêmica ao retratar o ponto de vista dos policiais do Bope em relação à violência no Rio de Janeiro, evidenciando também uma profunda divisão dentro da própria polícia carioca - tropa de elite x PMs.
Storani teria sido um dos três "caveiras" (como são chamados os policiais do Bope) que teriam inspirado Wagner Moura a compor o personagem principal, o "Capitão Nascimento". O outro seria Rodrigo Pimentel, comentarista de segurança da Rede Globo, e o terceiro permanece anônimo.
Debate aberto
![Mesa de abertura do 1º Encontro Insittucional - juiz Alexandre Ramos, desembargador Edson Mendes, Desembargadora Gisele, desembargador Garibaldi e juiz Carlos Alberto](/sites/default/files/inline-images/mesa%20abertura%20encontro%20inst.jpg)
Após a palestra de Storani, os magistrados tiveram a oportunidade de conversar diretamente com a presidente do TRT-SC, desembargadora Gisele Pereira Alexandrino, e com o corregedor regional, desembargador Edson Mendes de Oliveira. Conforme a própria presidente anunciou no início do evento, o objetivo do Encontro é criar um espaço de debate aberto e direto entre a Administração do Tribunal e os demais magistrados.
A programação segue nesta terça (15), a partir das 8h30min, com o dia todo reservado para a temática da conciliação. Confira a programação completa.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do TRT/SC
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