1º Encontro da Magistratura - Magistrados do trabalho participam de oficinas sobre gestão de vara trabalhista

21/10/2013 14h49
encontro institucional
Atividades práticas foram a tônica do quarto dia do evento


O 1º Encontro Institucional da Magistratura do Trabalho de Santa Catarina reuniu juízes do Tribunal ao longo da semana para debater temas de interesse institucional e jurídico, em torno das duas principais funções do magistrado atualmente: julgar e administrar. Este foi o tema dominante durante toda a quinta-feira (17), penúltimo dia do evento, que trouxe à discussão a administração das unidades judiciárias, com foco na gestão de pessoas.

Na parte da manhã, a realização dos trabalhos foi por conta do professor Edson Erial Lopes de Haro, que ministrou uma oficina de práticas com atividades dinâmicas e exercícios de análise, que culminaram na elaboração de um plano de ações para ser aplicado na gestão da vara do trabalho.

"Uma maneira simples e eficiente de identificar problemas em um ambiente é através da análise SWOT, na qual são listados os pontos fortes e fracos da unidade”, ensinou o professor, referindo-se a uma ferramenta bastante utilizada em gestão estratégica, para identificar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de uma instituição. Divididos em grupos, de acordo com a região em que atuam, os magistrados identificaram alguma deficiência de suas unidades para, a partir daí, elaborarem um plano de ação para combater o problema específico.

“Feito o plano de ação, ele deve ser colocado em prática, o mais rápido possível. O que mais costuma acontecer, em qualquer organização, é ser iniciada uma ação e logo depois ela ser abandonada, antes de se chegar ao resultado, principalmente por causa das atribuições do dia a dia”, alertou o especialista, que também assinalou a importância de se conhecer os recursos disponíveis – pessoas e equipamentos, por exemplo – para aplicá-los a seu favor. “Quando se faz uso das ferramentas que estão à disposição, o resultado é sempre positivo”, concluiu.


Gestão por competências na prática
 

Desembargadores Edson Mendes e José Maria
Desembargador Edson Mendes de Oliveira abriu os trabalhos da tarde, que iniciou com a palestra do desembargador José Maria de Alencar, da 8ª Região

 

Na parte da tarde, os trabalhos foram abertos pelo desembargador Edson Mendes de Oliveira, recém-eleito para a presidência do Tribunal para o próximo biênio. Mendes fez uma breve exposição e apresentou o próximo palestrante: o desembargador José Maria Quadros de Alencar, do TRT da 8ª Região, que relatou aos magistrados a sua experiência na implantação da gestão por competências no Regional em que atua, pioneiro no país a atuar com o novo modelo.

"A gestão por competências é o GPS da atual gestão de pessoas, pois nos auxilia a alcançar um rumo esperado”, comparou o desembargador, que também comentou sobre o recente resultado da pesquisa Justiça em Números, do CNJ, que apontou aproveitamento de 100% do Regional da 8ª Região. “Credito o resultado ao planejamento estratégico e à gestão por competências”, afirmou.

Após a palestra do desembargador, a diretora-geral do Tribunal, Fernanda Gomes Ferreira, e a diretora da Secretária de Recursos Humanos, Vanessa Gesser de Miranda, mostraram a situação atual da implantação da gestão por competências no Tribunal e realizaram uma atividade em que os magistrados definiram os níveis de competência da função de diretor de secretaria de vara do trabalho. Fernanda destacou a mudança por que precisa passar uma instituição para implantar o novo modelo de gestão de pessoas. “É uma mudança de cultura muito profunda, especialmente por se tratar de uma instituição pública. Mas traz muitos benefícios, como a profissionalização do serviço, além de permitir que todos os servidores tenham consciência do que fazer para chegar a um posto visado”, afirmou.


Elemento humano

Na última atividade do dia, a professora e consultora Dilsa Mondardo apresentou uma síntese das questões que haviam sido apresentadas durante o dia em relação à gestão. Através de outra dinâmica, Dilsa orientou os magistrados para que apontassem qual qualidade mais apreciam e qual defeito mais repudiam na sua unidade. As respostas eram escritas em papéis rosa e azul, respectivamente, que depois foram trocados entre os grupos. Ao final, um apresentou sugestão para solucionar o problema apontado pelo outro.

"O objetivo desta atividade é mostrar que nada está tão bom que deva ser perpetuado e nada está tão ruim que não possa ser melhorado. O estado de alerta deve ser permanente, para que sempre se esteja apto para enfrentar uma mudança”, explicou a professora. Dilsa também ressaltou a importância das relações humanas para um melhor desempenho da equipe. “Há uma série de técnicas e estratégias para realizar uma gestão, mas o que vale mesmo é o elemento humano. Um bom gestor deve sempre prestar atenção nas pessoas do grupo, valorizar o seu trabalho, celebrar as conquistas e cultivar o diálogo com todos. O foco deve ser o resultado, mas sem descuidar das pessoas”, arrematou.

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Social - TRT-SC
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