Após 17 anos no cargo, desembargador Jorge Luiz Volpato se aposenta do TRT-SC

22/09/2016 13h58
Desembargador Jorge Luiz Volpato
Magistrado entrou para a JT numa das vagas destinadas à OAB pelo quinto constitucional


Foi publicado na quarta-feira (21), no Diário Oficial da União, o decreto de aposentadoria do desembargador e ex-presidente do TRT-SC Jorge Luiz Volpato, que encerra a carreira após 17 anos no cargo.

Natural de Tubarão, Volpato formou-se em Direito na UFSC e atuou como advogado na área trabalhista também durante 17 anos, até ser nomeado ao cargo de juiz togado do TRT-SC em 1999, numa das vagas destinadas aos advogados pelo quinto constitucional.

O magistrado exerceu a presidência do Tribunal no biênio 2006/2007, período em que implementou a Justiça Itinerante e a informatização de sistemas de trabalho, como o E-Jus, que permitiu aos desembargadores acompanhar o voto do relator pelo monitor, dando fim às papeletas, o peticionamento eletrônico na 2ª instância (STDI) e a digitalização das pastas funcionais. Foi ele também que germinou a política de construção de sedes próprias, prospectando e viabilizando junto a prefeituras a doação de terrenos em diversas cidades.

Jorge Volpato foi idealizador do “Justiça em Movimento”, série de 12 reportagens em vídeo produzida pela Secretaria de Comunicação Social que mostra a realidade, a partir do “chão de fábrica”, de atividades desenvolvidas no estado como a carbonífera, portuária, agroindustrial entre outras.

Em rápida entrevista à Secom, Volpato falou sobre o presente da Justiça do Trabalho, deu conselho aos juízes mais novos e traçou alguns planos para a aposentadoria.

Presente

Sobre a justiça trabalhista, Volpato criticou a intervenção dos conselhos superiores (Nacional de Justiça e Superior da Justiça do Trabalho), o que, segundo ele, ceifa a independência administrativa e jurídica dos Regionais, além de desconsiderar as diferenças regionais. “Respeito, pois entendo que isso faz parte de um processo político-administrativo, mas não concordo”, afirmou.

Conselho

Para os juízes mais novos, o desembargador deixa um conselho: “ir para a rua, olhar nos olhos das pessoas, para poder entender como estão vivendo empregados e patrões e qual a real relação capital e trabalho”, sugeriu. “Apesar de assoberbado, com muitas tarefas, o juiz não pode ficar somente dentro das quatro paredes. Ele precisa conviver na sociedade, conhecê-la, para então aplicar a lei. Penso que assim a decisão dos conflitos acontece de forma natural”, afirmou.

Planos

Entre os planos para a aposentadoria, não está o retorno à advocacia. Pai de dois advogados, brinca que irá ao escritório apenas para perturbá-los. O seu plano agora, garante, é “viver”, referindo-se a dedicar mais tempo para o que lhe dá prazer, como cozinhar, pescar e observar pássaros, numerosos em Laguna, onde mora. “Sempre busquei adaptar a atividade jurisdicional com aquilo que eu gosto de fazer. Sai a atividade jurisdicional e aumenta as horas do que eu gosto de fazer. É isso”, concluiu.

 

 

 


Texto: Camila Velloso / Foto: Adriano Ebenriter
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