Grupo de Adoção na Grande Florianópolis orienta pessoas interessadas

Reuniões do grupo acontecem todo primeiro domingo de cada mês e têm participação de juíza do TRT-SC

25/05/2021 13h11, atualizada em 26/10/2021 14h49

Já pensou alguma vez sobre adoção? Saiba que existem cerca de 200 grupos formalizados no Brasil com o intuito de transmitir informações e orientar quem tem dúvidas sobre o assunto. Um deles, situado na Grande Florianópolis, é o Grupo de Estudos e Apoio à Adoção – Família do Amor (Geaafa), do qual participa a juíza Janice Bastos, da 1ª VT de Criciúma.

O grupo é sediado no município de São José, bairro Praia Comprida.  As reuniões são abertas e acontecem no primeiro domingo de cada mês.  “Nelas explicamos o que é adoção, como ela acontece na prática, quais são as crianças que estão aptas. Fazemos esse trabalho porque ainda existem muitos mitos, lendas e preconceitos em torno do assunto”, esclarece o vice-presidente da Geaafa, o advogado Leandro Canavarros.

Ele complementa que, além de pais e mães adotantes e de famílias pretendentes à adoção, o grupo também é formado por profissionais voluntários de diversas áreas, como Direito, Psicologia, Serviço Social e Pedagogia. “Todos engajados nesta causa, que tem como intuito trazer visibilidade para as crianças que aguardam uma família”, conclui.

A juíza Janice Bastos é uma das pretendentes à adoção que acompanham as reuniões do Geeafa.  “A espera por um filho, que equivale a uma gestação, é muito angustiante, na medida em que não é possível prever quando o telefone vai tocar com a notícia da chegada tão esperada. Mas essa angústia fica muito minimizada quando se busca um grupo de pretendentes à adoção como o Geaafa”, explica.

Janice Bastos também afirma que, nessa “atmosfera adotiva”, as dores são compartilhadas e as pessoas que nela convivem trocam experiências. “Além disso, são realizadas palestras que objetivam esclarecer e auxiliar os futuros papais e mamães a lidarem com a espera e com as demandas de uma criança ou adolescente que chega por meio da adoção”, conclui, complementando que os grupos de adoção têm papel fundamental para manter vivo o “projeto adotivo” dentro de cada um.

Em função da pandemia da Covid-19, as reuniões do Geaafa estão sendo realizadas on-line, por meio da plataforma Zoom. O link para acesso é divulgado próximo à data, no próprio site da Geaafa ou através das páginas mantidas pelo grupo no Facebook e Instagram.

Dia Nacional da Adoção 

Nesta terça (25), o Brasil comemora o Dia Nacional da Adoção. Instituída em 2002, a data busca conscientizar e promover reflexões sobre a importância do ato, por meio do qual crianças e adolescentes são recolocados na convivência familiar.

De acordo com dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), gerido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atualmente no Brasil existem 4,9 mil crianças aguardando para serem adotadas. O processo de adoção é gratuito e deve ser iniciado na Vara de Infância e Juventude mais próxima da residência do interessado. Para mais informações, acesse o site do SNA.

Viver para o outro

Pai por adoção desde 2013, o servidor do TRT-SC Hermann de Oliveira considera que “adotar um filho é uma das formas mais sublimes de satisfazermos uma necessidade natural que existe em nós: a de viver para o outro”.

Hermann afirma que, no caso da adoção, “é a criança quem nos serve nesse propósito, e nós retribuímos, servindo-a neste nosso brevíssimo sempre. Pois o amor, para mim, implica uma servidão voluntária, desejada e permanente”, reflete o servidor, cuja filha tem oito anos.


Texto: Carlos Nogueira / Imagem: Banco de imagens
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