Acabou em impasse a tentativa de conciliação realizada nesta quarta (29) entre o sindicato dos motoristas e o sindicato das empresas de ônibus de Blumenau, que negociam na Justiça do Trabalho os termos da nova convenção coletiva da categoria. Uma nova assembleia dos trabalhadores para discutir mudanças na pauta de reivindicações está prevista para a próxima terça (5). Já no Tribunal, uma nova rodada de negociações ficou marcada para o dia 12. Se não houver acordo, caberá aos desembargadores da Seção Especializada 1 decidir o conflito.
O desembargador Roberto Basilone Leite propôs a manutenção das cláusulas da atual convenção, além do reajuste salarial de 2% a 3%. Ele também sugeriu que o acordo não envolvesse questões polêmicas da reforma da CLT.
Após mais de três horas de reunião, não houve consenso: os representantes dos trabalhadores rejeitaram a proposta de reajuste do salário e do vale-alimentação em 1,83% feita pelas as empresas, alegando que o valor não cobre a desvalorização do período.
Garantias
Os motoristas também pediram cláusulas mais protetivas em relação à possibilidade de terceirização dos trabalhadores e contra possíveis modificações das regras da convenção em futuros acordos coletivos ou individuais.
Os representantes das empresas, por sua vez, alegaram que as cláusulas propostas pelos trabalhadores podem gerar insegurança jurídica e argumentaram que o reajuste acima da inflação ficaria inviável para o balanço das companhias.
Frota mínima
No último dia 15, a categoria realizou duas paralisações e entrou em estado de greve. Acionada, a Justiça do Trabalho determinou que os trabalhadores mantivessem frota mínima de 70% nos horários de pico e 30% no resto do dia, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A decisão liminar continua vigorando.
Texto: Fábio Borges / Foto: Fábio Borges
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