Justiça do Trabalho de Chapecó homologa seis acordos no total de R$ 19 milhões entre Chapecoense e familiares de vítimas de acidente aéreo

Dos 27 processos ajuizados pelas famílias, 13 já foram conciliados

07/05/2019 18h00, atualizada em 07/11/2019 15h16
mãos se cumprimentando em sinal de acordo

 

Em audiência realizada na 1ª Vara do Trabalho de Chapecó, na segunda (6), o juiz Carlos Frederico Carneiro homologou seis acordos entre a Chapecoense e familiares de vítimas do acidente aéreo, que matou 71 pessoas, sendo a maior parte da delegação da Chapecoense, em novembro de 2016, nos arredores de Medellín, na Colômbia.

O valor total das indenizações chega a R$ 19 milhões. O pagamento será realizado em parcelas de até 120 meses (10 anos), dependendo do acordo feito com cada família. Os processos envolvendo o acidente aéreo da Chapecoense tramitam sob segredo de justiça, e por isso mais detalhes não serão divulgados.

De acordo com o juiz Carlos Frederico Carneiro, a pedido das partes, os processos foram propositadamente desacelerados. “O segredo da conciliação foi que fizemos os processos andarem um pouco mais devagar que o normal, para dar mais tempo de negociação às partes”, afirmou. 

No Foro Trabalhista de Chapecó, todas as 27 ações protocoladas por familiares de jogadores e funcionários do clube foram distribuídas para a 1ª Vara do Trabalho. Segundo levantamento feito pela própria unidade, desse total, 13 processos já foram conciliados – incluindo os seis acordos de ontem –, um teve sentença publicada e recurso, em análise no Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC), e os outros 13 aguardam julgamento no primeiro grau.


Acidente

A tragédia com o avião da Chapecoense teve repercussão mundial. O clube catarinense vivia o maior momento da sua história e tentava ganhar seu primeiro título internacional em Medellín, na Colômbia, enfrentando o Atlético Nacional na final da Copa Sul-Americana.

As investigações apontaram que houve falta de combustível (pane seca) na aeronave, durante o voo operado pela companhia boliviana Lamia, e que a tripulação também foi negligente com o sinal de alerta emitido 40 minutos antes da queda, nos arredores do aeroporto de Medellín.

 

Texto: Letícia Cemin / Imagem: iStock 
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