O imóvel da tradicional Tricotagem Alfredo Marquardt, na esquina das ruas São Paulo com Ministro Calógeras, no centro de Joinville, vai a leilão no dia 27 de novembro. Mais de 20 anos depois do seu fechamento, aquela que já foi uma das três mais importantes malharias da cidade ainda é devedora de verbas trabalhistas.
O principal motivo para o processo tramitar por tanto tempo foi a falta de bens penhoráveis. Apenas em 2007 os advogados dos 168 autores, ex-empregados, conseguiram comprovar que logo após a mudança de controle acionário houve a efetiva quebra da empresa. Todos os bens foram vendidos na fase pré-falimentar, inclusive o ativo e passivo pelo valor simbólico de Cr$ 1.
O juízo entendeu que o objetivo era fraudar a execução contra os vários credores. Com isso, foi responsabilizado pelas verbas devidas aos funcionários todo o grupo econômico, formado ainda pelas empresas Martric Agropecuária e I Marquardt Administração e Participações, além dos seus ex-administradores.
Serão leiloados dois imóveis. Um deles é o terreno que fica na Rua São Paulo, com área de 900 m², avaliado em R$ 1,3 milhão. O outro é um terreno com 8,4 mil m², na Rua Ministro Calógeras, 399, com diversas construções em alvenaria e em madeira que, devido ao mau estado de conservação, não foram consideradas na avaliação de R$ 12,6 milhões. Nele está edificado um prédio, atualmente alugado, com a área aproximada de 750 m² e avaliado em R$ 750 mil.
O valor da dívida, apenas quanto aos processos que tramitam na 3ª Vara do Trabalho de Joinville, é superior a R$ 6,3 milhões. Assim, o que exceder no leilão será repassado para outros credores da Justiça do Trabalho e para a quitação de débitos tributários.
O leilão acontece a partir das 13h30, no saguão da 3ª Vara, no Fórum Trabalhista, que fica na Rua do Príncipe nº 31 - 11º andar, Centro.
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Fonte: Assessoria de Comunicação do TRT-SC
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