Na última semana, três juízes auxiliares do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem em Santa Catarina deixaram seus gabinetes para alertar a sociedade sobre os perigos do trabalho precoce. Dois deles conversaram diretamente com crianças e adolescentes a respeito do assunto.
Em Chapecó, a juíza titular da 3ª Vara do Trabalho (VT), Vera Ramos, falou sobre o problema a alunos do 2º e 4º anos do ensino fundamental do Colégio Logosófico da cidade. A magistrada também entregou exemplares da cartilha "Trabalho infantil não é brinquedo!", desenvolvida pelo TRT-SC. Nesta sexta (22), Vera irá participar novamente da atividade com alunos de outras séries.
"Embora a escola seja particular, onde as crianças não estão tão vulneráveis ao trabalho infantil, achei importante levar a mensagem porque muitas vezes são os pais dessas crianças que acabam aceitando o trabalho infantil doméstico em suas residências", afirma a magistrada.
No sul do estado, a juíza Rafaella Messina, da 2ª VT de Criciúma, participou do 3º Seminário de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, em Braço do Norte. Com mais de 100 participantes, o evento discutiu estratégias para enfrentar o descaso com os direitos dos jovens. Durante a palestra, a magistrada falou sobre os meios para combater o trabalho entre os menores.
Já o juiz Leonardo Fischer, titular da 2ª VT de Rio do Sul, participou de uma roda de conversa com crianças e adolescentes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), vinculado ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município.
Em outro evento, na cidade de Petrolândia, Fischer conversou com cerca de 100 pessoas entre beneficiários do Programa Bolsa Família, professores, diretores, vereadores e comunidade em geral. Durante o encontro, a cartilha do trabalho infantil foi utilizada para tirar dúvidas sobre o tema.
Texto: Luana Cadorin / Foto: divulgação
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