Na 5ª VT da Capital, audiência de conciliação garantiu a contratação de 18 pessoas com deficiência por empresa de tecnologia
Pouco mais de R$ 2,7 milhões arrecadados, 535 audiências realizadas e 155 acordos obtidos. Este é o saldo do primeiro dia em Santa Catarina da Semana da Conciliação Trabalhista, realizada em todo o país pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) com o objetivo de aumentar o número de acordos em ações trabalhistas. O evento começou ontem (27) e segue até sexta (31).
Para alcançar esses resultados, foi preciso o esforço conjunto de 60 juízes e 75 servidores. Dos valores garantidos, cerca de 66% (R$ 1,77 mi) têm origem em processos do primeiro grau, que realizou a maior parte das audiências (479).
Ainda aconteceram 56 audiências no Centro de Conciliação de 2º Grau do TRT-SC, sendo que 27 eram relativas a processos que já estavam no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Oportunidades
As atividades da Semana não visam apenas garantir o pagamento de dívidas trabalhistas. Em uma audiência de conciliação realizada na manhã desta terça (28), sob a condução da juíza da 5ª Vara do Trabalho de Florianópolis Zelaide de Souza Philippi, em um processo cujo tema é o preenchimento de cotas, a empresa de tecnologia Softplan anunciou ter contratado 18 pessoas com deficiência nos últimos 30 dias. Para seis delas, foi o primeiro emprego.
A iniciativa da Softplan faz parte de um esforço conciliatório já iniciado há duas audiências, em que a empresa se comprometeu a preencher as 77 vagas reservadas pela lei para pessoas com deficiência. As últimas contratações ocorreram após a segunda audiência. Ainda faltam 28, que segundo a Softplan serão viabilizadas por ações de capacitação para futuros ocupantes das vagas e pelo contato com entidades de apoio a pessoas com deficiência.
Para aproximar as duas pontas, a juíza Zelaide Philippi tem convidado os representantes dessas organizações a comparecerem às audiências. Desta última, participou a Associação Catarinense para Integração do Cego (Acic).
“Essas audiências conciliatórias têm tido até agora um efeito social de extrema relevância, pois não está sendo resolvido apenas o problema de uma, mas o de várias pessoas com deficiência. Acima de tudo, essas contratações reacenderam a esperança da inserção desses indivíduos no mercado de trabalho, pois para muitos está sendo o primeiro emprego”, assinalou a magistrada.
Texto e foto: Carlos Nogueira
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