Consulta pública fica disponível no portal do tribunal a partir de segunda-feira, e servidores e magistrados também deverão opinar
Foi aberto oficialmente nesta sexta-feira (3), no auditório do Tribunal, o Planejamento Participativo da Justiça do Trabalho de Santa Catarina, que irá vigorar de 2015 a 2020. Durante pouco mais de uma hora, o presidente do TRT-SC, desembargador Edson Mendes de Oliveira, o gestor estratégico e de metas do Tribunal, juiz Alexandre Luiz Ramos, e a diretora da Secretaria de Planejamento e Gestão, Fernanda Gomes Ferreira, falaram sobre as diretrizes do projeto e como ele será desenvolvido.
A principal novidade é a participação direta da sociedade no diagnóstico da Instituição. A partir de segunda-feira (6), vai estar disponível no portal do Tribunal um formulário que poderá ser preenchido, até o dia 22 deste mês, por qualquer cidadão interessado em contribuir com o planejamento estratégico da Justiça do Trabalho catarinense. O link será o primeiro título da seção Destaques, posicionado logo abaixo da imagem principal do portal.
- Clique aqui para acessar agora o formulário online (destinado apenas ao público externo).
- Se você é servidor, magistrado ou terceirizado, clique aqui e acesse o formulário pela intranet.
Para o presidente Edson Mendes, trata-se de um momento inédito para o Tribunal. “Estamos envolvendo toda a sociedade para fazermos um planejamento que represente as ideias não somente de nossa experiência interna, mas buscando também as críticas e o pensamento da sociedade”, exaltou. “Só dessa forma poderemos legitimar uma mudança de paradigma dentro do Judiciário”, afirmou o desembargador.
O juiz Alexandre Ramos apresentou alguns números do relatório Justiça em Números, produzido pelo Conselho Nacional de Justiça, para demonstrar a necessidade de se planejar o Judiciário. De acordo com o documento, divulgado na semana passada, em 2013 passaram pelo sistema de Justiça nada menos que 95 milhões de processos, com 28 milhões de casos novos. Ao mesmo tempo, foram proferidas 26 milhões de sentenças e baixados 27 milhões de processos.
De acordo com o magistrado, em razão desses números, existe uma sensação permanente entre servidores e magistrados que o trabalho deles se resume a “enxugar gelo”. “Isso gera uma angústia, pois apesar de produzirmos muito o resultado fica sempre longe do esperado”, disse Ramos.
A saída, segundo ele, é planejar. De acordo com o juiz, é necessário corrigir o rumo repensando os métodos de trabalho dentro do próprio Judiciário. “Uma coisa é certa: se continuarmos trabalhando do mesmo jeito não vamos alcançar resultados diferentes. A Justiça tem uma missão, mas ela não pode ser cumprida às custas do adoecimento de juízes e servidores”, afirmou o gestor de metas do TRT-SC, lembrando que em 2013 foram 4 milhões de casos novos somente na Justiça do Trabalho.
Etapas
A diretora da Seplan explicou como o Planejamento Participativo será construído na prática. Na primeira etapa haverá a definição do mapa estratégico, uma representação gráfica da missão, visão, valores e objetivos estratégicos da Instituição.
Para tanto, cada uma das unidades – judiciárias e administrativas – deverá debater internamente o estágio atual da Instituição em diversos aspectos, a partir de um formulário estruturado com perguntas abertas e fechadas disponível no portal do Tribunal. “A ideia é que a resposta reflita o pensamento coletivo da unidade, mas cada servidor ou magistrado também poderá se manifestar individualmente”, explicou Fernanda Ferreira.
A segunda etapa, provavelmente no início de 2015, irá debater indicadores, metas e iniciativas. O resultado final das discussões do Planejamento Participativo será o Plano Estratégico, que deverá ser colocado em prática nos próximos seis anos.
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