Poucos dias depois de concluir o curso de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), oferecido pelo SCD, o juiz Válter Túlio Amado Ribeiro, titular da VT de Mafra, já pode usar seus novos conhecimentos. Em cinco audiências realizadas no dia 22 de setembro o magistrado conseguiu se comunicar com partes que têm deficiência auditiva.
O curso era voltado para servidores de primeira instância, sendo disponibilizadas uma vaga para cada cidade polo. Na cidade de Mafra, porém, o juiz entendeu que sua equipe estava muita atarefada e decidiu ele mesmo encarar o desafio. "Valeu a pena!", admite o magistrado depois de ver, com satisfação, a importância do treinamento.
O reclamado das cinco demandas tem surdez causada pelo trabalho com serras elétricas, comuns nas madeireiras da região. Ele é um subempreiteiro e o verdadeiro contratante dos serviços não forneceu os EPIs. Entre os autores, três têm perda total ou parcial da audição causadas pelo mesmo problema.
O juiz Válter conta que apenas uma vez tinha acontecido de a parte ser surda. Na época, um parente usou mímica para intermediar a comunicação. "Mas essa passagem dela por um intermediário já pode alterar um depoimento", alerta. Agora, mesmo sem dominar totalmente a nova linguagem, o magistrado tem até atendido jurisdicionados deficientes no balcão.
Libras
A oferta do curso no TRT atende às exigências da Resolução nº 64/2010 do CSJT. Foram 60 horas/aulas de formação totalmente a distância. A diretora do SCD, Letícia Danielewicz de Sousa, explica que o aprendizado acontece de forma contínua. Por isso a capacitação vai voltar a ser oferecida nos próximos anos.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do TRT/SC
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