Contagem regressiva

Começou a contagem regressiva para a inauguração do novo Fórum Trabalhista de Joinville, mais uma sede própria da Justiça do Trabalho catarinense. Em visita à obra na tarde de quinta-feira (17), a Administração do TRT/SC recebeu, da construtora, a informação de que o prédio será entregue daqui a três meses.

Isso não significa, porém, que a inauguração ocorrerá nesse prazo, pois pode haver imprevistos e ainda deve ser considerado o tempo necessário para a mudança. Em reunião, após a visita à obra, a equipe do Serviço Obras e Manutenção (Serom) e os juízes da jurisdição chegaram a um consenso: a inauguração deverá ocorrer na segunda quinzena de março.

O principal objetivo da viagem da Administração a Joinville, além de conhecer a obra, foi apresentar aos sete juízes locais presentes na reunião a versão final do projeto, abrindo espaço para sugestões. Uma modificação que o Serom irá atender será a colocação de uma porta de acesso entre o gabinete dos juízes e o de seus assistentes.

O novo Fórum Trabalhista de Joinville será um marco no histórico de construções da Justiça do Trabalho catarinense. Com 6 mil metros quadrados, 12 pavimentos (além do ático) e soluções eficientes para o consumo de energia, será a edificação com maior área construída, superando inclusive o prédio-sede do TRT/SC.

Conheça um pouco mais

Estrutura física

Para atender os 12 pavimentos, o prédio terá cinco elevadores, um deles subindo somente até o 3º andar - ou seja, de acesso exclusivo às salas de audiência - e duas escadas – também uma delas somente para acesso às salas de audiência. As garagens, localizadas no térreo e no primeiro andar, vão ter 43 vagas, sendo duas para portadores de necessidades especiais. A laje é preenchida com um tipo de concreto especial, chamado de protentido. Ele é necessário porque previne contra rachaduras e infiltrações, algo bastante propenso devido à umidade característica de Joinville.

Salas de audiência e de conciliação

Seguindo o exemplo do Fórum de Criciúma, vão ficar reunidas num único andar, o terceiro. A polêmica solução do Setor de Projetos quebra o paradigma de as secretarias ficarem coladas ao gabinete dos juízes. Na avaliação da equipe, são muitos os benefícios, principalmente pela diminuição do fluxo de pessoas pelos andares: redução das despesas com manutenção de elevadores, facilidade de limpeza, redução de ruído tanto nas secretarias quanto nas salas de audiência. Existe, ainda, a questão da segurança. O Corpo de Bombeiros recomenda que aglomeração de pessoas dentro de estabelecimentos fechados fique mais próxima possível da saída.

As salas de conciliação são outra novidade. Situadas ao lado das salas de audiência, é uma demanda cada vez maior dos juízes do trabalho.

Aproveitamento de recursos naturais

O efeito das correntes de ar, decorrente da ventilação cruzada, é mais sentido do que nunca numa edificação de doze pavimentos. Aliás, esse é um aspecto interessante da obra: por fora, parece uma construção enclausurada, mas, ao entrar, o que se descobre são andares arejados e plenamente iluminados. Maravilhas da engenharia. Ou seria da arquitetura?

Nas salas de audiência, haverá um domus de vidro no teto para entrada de iluminação natural. Caso a intensidade solar seja muito intensa, o vidro do domus poderá ser trocado. O objetivo do Serom foi evitar que as salas de audiência ficassem enterradas no prédio, sem iluminação natural.


Acessibilidade

A obra tem todas as adaptações necessárias para portadores de necessidades especiais

Sistema de ar-condicionado

Talvez seja a principal inovação. Será instalado o sistema inverter, que possui duas características que o diferenciam dos demais: rampa de carga e renovação de oxigênio. A rampa de carga evita que o ar condicionado central, quando ligado, utilize sua capacidade máxima, ou seja, o consumo de energia oscila conforme o número de unidades que o acionam. É como se numa sala de 10 pessoas o consumo do ar fosse personalizado, apenas para as pessoas que quisessem receber o ar refrigerado.

A renovação de oxigênio, como próprio nome já indica, evita que o ar de uma sala de audiência, por exemplo, fique viciado. O custo de instalação, mais caro do que o sistema tradicional (15 a 20%), é compensado dentro de um ano, pois a redução no consumo de energia do inverter em relação aos demais gira em torno de 30%.

Fonte: Assessoria de Comunicação do TRT/SC
ascom@trt12.jus.br - (48) 3216.4320