Além disso, cerca de 80% dos participantes sinalizaram ser a favor da ampliação dos serviços virtuais oferecidos pela JT
O Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) divulgou no último dia 9 os resultados da Pesquisa de Metas Nacionais 2022 - Processos Participativos, da Justiça do Trabalho de 1º e 2º graus. De acordo com o estudo, 79% dos que responderam ao questionamento consideram a Justiça do Trabalho “totalmente ou muito confiável''.
Realizado entre 21 de junho e 31 de julho de 2021, o questionário eletrônico foi respondido por 1.025 participantes de todos os estados da Federação. Outro dado que chama atenção é que cerca de 80% dos que participaram da pesquisa interna (servidores e magistrados) e externa (aberta a toda sociedade e aos profissionais com atuação no Direito) sinalizaram ser a favor da ampliação dos serviços virtuais pela Justiça do Trabalho. No TRT-SC, como medida de prevenção ao contágio pela Covid-19, as audiências e sessões vêm sendo realizadas de forma telepresencial desde março de 2020, somando 94,6 mil, de acordo com dados do Sistema e-Gestão. Além disso, o Juízo 100% Digital já é realidade em todas as Varas do Trabalho da JT catarinense e, com o intuito de aprimorar o acesso à justiça, o TRT-SC implantou em junho deste ano o Núcleo 4.0.
Essa foi a primeira vez que a Justiça do Trabalho coletou a opinião dos usuários de forma unificada, no primeiro e segundo graus, simplificando a consulta, a análise e a avaliação das respostas.
“O alto grau de confiabilidade retrata a importância da Justiça do Trabalho como ramo essencial para a solução de conflitos decorrentes das relações de trabalho e emprego”, descreveu a presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministra Maria Cristina Peduzzi. Segundo ela, a pesquisa reforça ainda o comprometimento da Justiça do Trabalho em aprimorar os serviços oferecidos e a prestação jurisdicional à sociedade.
Conciliação e modernização
Além do alto grau de confiabilidade, para 95% dos participantes, a Justiça trabalhista deve continuar investindo em uma política de conciliação como alternativa de solução judicial de conflitos. Por outro lado, 96% dos participantes acham importante reduzir a taxa de congestionamento, diminuindo, assim, o volume de processos que aguardam decisão.
Acerca da modernização do Poder Judiciário, 79% opinaram que a Justiça do Trabalho deve continuar ampliando a oferta dos serviços virtuais. A pesquisa também quis saber quais temas deveriam ter prioridade nos julgamentos. Entre os mais votados, estão os processos que tratam sobre assédio sexual, acidente de trabalho e exploração do trabalho infantil.
A pesquisa
A pesquisa foi elaborada pela Rede de Governança da Estratégia da Justiça do Trabalho e contou com a participação dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho. Os resultados analisados servirão de base para a definição das metas para 2022, que deverão ser aprovadas no XV Encontro Nacional do Poder Judiciário, a ser realizado em novembro.
Os resultados foram compilados pela Assessoria de Governança e Gestão Estratégica (Agges) do CSJT e estão disponíveis no Portal da Gestão Estratégica da Justiça do Trabalho para consulta.
Metas nacionais
As metas nacionais do Poder Judiciário representam o compromisso dos tribunais com o aprimoramento do desempenho da Justiça. Um dos objetivos é entregar à sociedade uma prestação jurisdicional mais ágil, efetiva e de qualidade.
As metas foram criadas em 2009 e resultaram de acordo firmado pelos presidentes dos tribunais para o aperfeiçoamento da Justiça. Desde então, diversos desafios entraram na pauta, como o aumento da produtividade judicial, a adoção de soluções consensuais de conflitos, a busca pela razoável duração dos litígios judiciais e a celeridade processual.
Fonte: Secretaria de Comunicação do CSJT, com informações da Secom
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