Morgana Richa fará o encerramento do evento, que vai abordar o papel das mulheres na transformação no mundo do trabalho
A Escola Judicial (Ejud-12) do Tribunal Regional do Trabalho da 12º Região (SC) vai realizar, no dia 25 de março, a abertura de seu ano letivo com a live “Mulheres enquanto agentes de transformação no mundo do trabalho”. O encontro, telepresencial, será das 14h às 17h. A ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Morgana de Almeida Richa, recém-empossada, é uma das conferencistas e vai abordar a participação das mulheres na magistratura trabalhista.
Segundo o diretor da Ejud-12, desembargador Wanderley Godoy Junior, para comemorar o mês da mulher, nada mais importante do que abrir o ano letivo da Escola com temas de grande relevância. “Nossa intenção é destacar mulheres que participam do Poder Judiciário em diversos ramos de atividade: jurídica, docente, acadêmica, entre outras”, justifica.
Sobre o tema “Trabalhadoras imigrantes no Brasil: interseccionalidades, protagonismos e resistências”, vai falar a professora Karine de Souza Silva, do Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais e Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Durante a tarde também haverá o lançamento do repositório on-line Mulheres Juristas, com apresentação da juíza do TRT-12 Maria Aparecida Jerônimo, que também é coordenadora do Comitê de Incentivo à Participação Feminina Institucional. O repositório busca ser um grande banco de dados da participação da mulher no meio jurídico.
O evento será aberto para magistrados, servidores e público em geral. Não há necessidade de inscrição prévia, basta acessar o canal do YouTube da Ejud12.
A ministra Morgana Richa conversou com a Secretaria de Comunicação Social do Tribunal. Confira.
Secom: Embora a presença da mulher no mundo do trabalho esteja aumentando, o crescimento se dá de forma lenta e os desafios seguem sendo enormes. Além das ações de conscientização e esclarecimento sobre o tema, o que mais pode ser feito para que mais mulheres tenham lugar de destaque no mundo do trabalho?
Morgana Richa: As ações de conscientização são realmente o ponto e partida para que se avance com a participação das mulheres no mundo do trabalho, mas não esgotam as possibilidades. Devem ser efetivamente incrementadas políticas públicas para equidade de gênero.
Só para mencionar um exemplo. Uma questão que sempre foi colocada e que se acentuou durante o período da pandemia é quanto à divisão do trabalho doméstico e de cuidado (que envolve crianças, idosos e enfermos). O IBGE, em 2018, apurou que as mulheres dedicaram, em média, 21,3 horas por semana com afazeres domésticos e cuidado de pessoas, quase o dobro do que os homens gastaram com as mesmas tarefas – 10,9 horas. Esse parece um bom dado para estabelecer uma política pública, em especial para a proteção da infância. Diagnósticos são preciosos para processos de inovação. Uma questão que aflige toda a sociedade – o cuidado de crianças e idosos – pode ser uma grande oportunidade para repensar, inclusive as questões de gênero.
Texto: Daniele de Oliveira / Artes: Simone Dalcin
Secretaria de Comunicação Social - TRT/SC
Núcleo de Redação, Criação e Assessoria de Imprensa
(48) 3216-4306 / 4307 /4348 - secom@trt12.jus.br