Desembargador alerta sobre terceirização e acidentes de trabalho em Semana de Prevenção de Acidentes da Celesc

17/10/2018 17h20, atualizada em 19/12/2019 15h10
Desembargador Roberto Guglielmetto falando ao microfone
Evento foi acompanhado por empregados terceirizados, funcionários concursados e diretores da empresa

 

O gestor regional do Programa Trabalho Seguro em Santa Catarina (PTS), desembargador do TRT-SC Roberto Guglielmetto, participou na terça (16) da abertura da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat Integrada) da Celesc (Centrais Elétricas de SC). Além de apresentar o Programa, o magistrado alertou sobre aspectos envolvendo a terceirização e acidentes de trabalho.

O primeiro dia de palestras foi assistido por 228 pessoas, sendo mais da metade desse público composto por empregados terceirizados. Também participaram do evento funcionários concursados e diretores da empresa. Devido à grande quantidade de vínculos terceirizados que a Celesc possui, as medidas de segurança do trabalho para esses funcionários foi o principal tema abordado por Guglielmetto na apresentação.

“De cada dez acidentes de trabalho no Brasil, oito acontecem com terceirizados e, de cada cinco mortes no trabalho, quatro são de terceirizados”, apontou o desembargador, destacando a importância de as empresas fiscalizarem a prestação dos serviços por esses funcionários. “Não só em relação à parte documental, mas também na conservação e reposição de equipamentos de proteção, treinamentos e reciclagens, entre outros”, frisou.

O gestor do Trabalho Seguro ainda apresentou as principais fontes de riscos para acidentes e doenças relacionadas ao trabalho: atividades desenvolvidas em altura, no trânsito, em redes elétricas urbanas e violência no ambiente laboral – essa última é o tema do PTS para o biênio 2018/19.

Impactos

De acordo com o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, site mantido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) que compila dados de diversas instituições, em Santa Catarina foram registrados, entre 2012 e 2017, 178,4 mil acidentes e doenças do trabalho – o que, em média, é um a cada 20 minutos. No mesmo período, foram concedidos, por igual motivo, 132,7 mil auxílios-doença. O impacto previdenciário dos afastamentos foi de R$ 1,3 bilhão, com a perda de 30,6 milhões de dias de trabalho.

 

Texto: Carlos Nogueira / Fotos: Celesc
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