Aprendizagem é caminho seguro para inclusão de jovem autista no mercado de trabalho

Uma das gestoras auxiliares do Programa de Combate ao Trabalho Infantil em SC, Lisiane Vieira deu palestra sobre o assunto em evento no meio-oeste catarinense

20/03/2023 14h52, atualizada em 30/03/2023 14h47

A inclusão no mercado de trabalho via contrato de aprendizagem foi o assunto apresentado pela juíza Lisiane Vieira, uma das gestoras auxiliares do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem em Santa Catarina, durante o seminário estadual Autismo nos Diferentes Contextos da Vida. 

Organizado pela Federação Catarinense de Municípios, o evento aconteceu em Treze Tílhas (SC), na quarta-feira (15/3). 

A magistrada lembrou que a contratação de pessoas com deficiência por empresas de médio e grande porte está amparada pela a Lei 8.213/91, e que o não cumprimento costuma ser justificado pela falta de procura por esse tipo de vaga. 

Mãe de uma criança autista, a juíza disse compreender o receio de muitos pais em colocar o jovem com deficiência, em especial o autista, em uma experiência de trabalho, já que um fato fora do esperado pode desestabilizá-lo emocionalmente. “Mas é importante destacar que todo contrato de aprendizagem, obrigatoriamente, prevê uma pessoa responsável na empresa pelo aprendiz, e isso significa acolhimento, cuidado”, lembrou, reforçando que esse tipo de contrato é o melhor caminho para a inserção do jovem autista no mercado de trabalho.

Ao final, Lisiane Vieira relatou a experiência trazida pelo auditor do Trabalho Rafael Giguers em evento da Escola judicial do TRT-12, que envolveu a inclusão de 20 jovens com deficiência, inclusive autistas, por meio de contrato de aprendizagem. “Eles foram instruídos em cada passo do trabalho com técnicas adequadas à compreensão por uma pessoa com autismo,  tiveram apoio de professores da Apae, além de colegas de trabalho treinados, de modo a eliminar as barreiras comportamentais”, explicou a juíza.

Na mesma semana, a magistrada participou ainda de outras duas audiências públicas sobre o tema, em Joaçaba e Caçador.

Homem sentado à mesa falando ao microfone
Juiz Ricardo Kock

No sul do estado 

No início do mês de março, uma audiência pública do Programa Trabalhando Juntos, do Ministério Público de Santa Catarina, teve a participação do juiz Ricardo Kock, também gestor auxiliar do Programa de Combate ao Trabalho Infantil em SC.  Um dos temas do encontro ocorrido na Unisul, em Tubarão, foi a inserção de adolescentes em situação de vulnerabilidade social no mercado de trabalho. 

O objetivo da ação foi sensibilizar empresas do extremo sul catarinense para a adesão ao programa, além de compartilhar a experiência de empresários e adolescentes que já participam de programas de aprendizagem. 

 

 

 

 

Texto: Luana Cadorin
Secretaria de Comunicação Social
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