Evento promovido pelo TRT-12 reúne em Florianópolis representantes de laboratórios de inovação e áreas de gestão estratégica da Justiça do Trabalho
O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC) deu a largada, nesta quarta-feira (28/6), ao primeiro Summit da Justiça do Trabalho. Durante três dias, representantes de laboratórios de inovação e áreas de gestão estratégica de 22 TRTs estarão reunidos em uma jornada para alinhar os projetos dos Labs ao planejamento estratégico do Judiciário trabalhista.
O Inova JT Summit 23 é organizado pela Secretaria de Gestão Estratégica do TRT-12, por meio do LabInova, e acontece no auditório do Ministério Público de Santa Catarina, que gentilmente cedeu o espaço para receber as cerca de 100 pessoas inscritas. A programação do primeiro dia tem transmissão ao vivo pelo canal do TRT-12 no YouTube, podendo também ser acompanhada presencialmente.
O objetivo final é que os laboratórios formem parcerias e criem um portfólio de projetos de inovação, alinhado ao planejamento estratégico da JT, para desenvolverem a médio e longo prazo. No meio do caminho, pretende também fortalecer o papel e a importância dos Labs, mapeando os estágios de maturidade de cada um deles e nivelando o conhecimento.
O vice-presidente do TRT-12, desembargador Wanderley Godoy Junior, que está no exercício da Presidência, abriu o evento.
“A importância deste Summit está assentada na busca de possibilitar a discussão e a exploração dos desafios e oportunidades de colaboração em projetos e práticas de inovação voltadas à Agenda 2030 da ONU, conforme a política de gestão e inovação do TRT da 12ª Região, em alinhamento ao planejamento estratégico institucional da Justiça do Trabalho”, afirmou Godoy Junior.
Mundo de algoritmos
A coordenadora do Comitê Gestor de Governança e Inovação do TRT-12, desembargadora Mari Eleda Migliorini, abriu sua fala fazendo um cumprimento especial ao presidente do TRT-12, desembargador José Ernesto Manzi, que não pôde estar presente em razão do falecimento do pai.
Na sequência, ela traçou um breve histórico de inovação na Justiça do Trabalho, desde o primeiro computador na década de 1980 ao PJe - o Judiciário trabalhista foi o primeiro a ter o processo eletrônico instalado em 100% de suas unidades. De acordo com a desembargadora, a presença de 22 tribunais no Summit comprova que a “alma inovadora da JT continua viva e atuante”, desejando conectar estratégia e inovação de uma maneira eficaz.
“Entender o cenário será nossa primeira tarefa. Nesse mundo de algoritmos falando como gente, de melhorias diárias no controle dessas ferramentas de aprendizado maquínico, de hiperconexão de tudo e de todos, como vamos situar nossa JT e sua vontade permanente de unir-se ao novo? As tecnologias emergentes estão sendo entendidas e aplicadas nos mais diferentes campos. Caberá a nós achar os modos de utilizá-las na JT”, refletiu Mari Eleda.
Sem corrida maluca
O secretário-geral do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), juiz Bráulio Gusmão, falou na sequência. De acordo com ele, a existência dos laboratórios de inovação geram uma importante reflexão, ao dar espaço para errar e aprender com eles. “Nós temos muitas dificuldades em lidar com projetos que não dão certo, é uma característica nossa no serviço público, em especial no Judiciário”, constatou. Ele reforçou também a preocupação do Conselho de que a inovação seja vista como parte de um todo.
“Os projetos precisam estar alinhados aos objetivos institucionais da Justiça do Trabalho, não deve haver competição entre tribunais para saber quem inova mais, como se fosse uma corrida maluca. Nosso maior desafio não é a tecnologia, é aprendermos a trabalhar juntos, a aprender a olhar o todo, e espero que eventos como esse nos ajudem nessa missão”, afirmou Gusmão.
Momento de nivelar
A juíza federal e colaboradora da Comissão Permanente dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 2030 do CNJ, Rafaela Santos Martins da Rosa, falou em seguida. Disse que vem acompanhando o que a Justiça do Trabalho vem fazendo em favor da inovação desde que foi nomeada colaboradora da comissão, e destacou uma das propostas do Summit: o nivelamento dos laboratórios de inovação.
“Temos laboratórios em diferentes níveis de maturidade, alguns com metodologias e carga horária bem definidas, mas ao mesmo tempo temos outros recém criados, ainda em formação. Definitivamente, não é uma competição, como bem disse o juiz Bráulio. Colaboração, solidariedade: aqui é o momento em que todos os laboratórios devem estar nivelados”, propôs Rafaela da Rosa.
Além dos oradores, também compôs a mesa de abertura do Summit o subprocurador-geral de Justiça para assuntos de planejamento e inovação, Luciano Naschenweng.
Palestras da manhã
Na sequência das falas das autoridades, houve a palestra inaugural ministrada pelo auditor-chefe de Governança e Inovação do Tribunal de Contas da União, Wesley Vaz, que abordou os “Desafios da JT do Futuro”. Depois, a pesquisadora Clarissa Stefani Teixeira, pós-doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina, falou sobre “Laboratórios de Inovação: o que são, para que servem e qual seu papel”. A professora também é coordenadora do Grupo VIA Estação do Conhecimento, da UFSC, parceiro do TRT-12 em seu programa de inovação.
O Summit prossegue até sexta-feira (30/6). Clique e confira a programação completa.
Assista à programação da manhã:
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Veja o álbum de fotos do evento.
Texto: Clayton Wosgrau
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