TRT-SC participa de seminário sobre trabalho e inteligência artificial na Alesc

Desembargadora Mari Eleda representou a instituição na cerimônia de abertura

08/05/2025 15h55, atualizada em 09/05/2025 18h15
Agência Alesc

O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC) participou da cerimônia de abertura do seminário “Diálogos do Trabalho SC: o mundo do trabalho em tempos de inteligência artificial” (link externo), realizado quarta (7/5) e quinta-feira, na Assembleia Legislativa de Santa Catatina (Alesc). A coordenadora do Comitê de Governança Regional da Inovação do TRT-SC, desembargadora Mari Eleda Migliorini, representou a instituição com direito a fala.

Promovido pela Superintendência Regional do Trabalho (SRTE/SC), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Laboratório de Sociologia do Trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o evento reuniu pesquisadores e técnicos para debater como a era digital vem produzindo transformações estruturais na forma de produção, nas relações de trabalho e como as pessoas se organizam para fazer frente às novas demandas.
 

Desa Mari Eleda, à direita na foto, fala ao microfone. À esquerda da foto, uma mulher sentada a observa
Desembargadora Mari Eleda representou o TRT-SC

Na avaliação da desembargadora, a Inteligência Artificial (IA) não vai acabar com empregos humanos, mas pode melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.  Isso porque, de acordo com a magistrada, os países mais automatizados do mundo são, hoje, os que apresentam os menores índices de desemprego. Por isso, Mari Eleda defendeu que a chegada da IA não deve ser vista como uma ameaça, mas sim como uma oportunidade. 

Ela afirmou ainda que, se bem aplicada, a tecnologia pode contribuir para o bem-estar geral. “O que se espera é que, ao contrário dos medos, os trabalhadores tenham, com a ajuda da IA, mais qualidade de vida, mais tempo para irem à praia com a família, mais tempo para serem felizes”, afirmou.

 

IA no Judiciário


A desembargadora contou que seu interesse pelo tema surgiu durante a pandemia, ao entrar em contato com o livro “Machine Learning nas Decisões”, escrito pelo marido e juiz aposentado do TRT-SC Sebastião Tavares.

Segundo ela, a proposta da obra – um modelo de IA que atua como “aprendiz” para cada juiz – já se materializa em projetos como o Assis, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, apresentado no primeiro congresso de IA no Judiciário, no início deste ano.

A desembargadora também mencionou o incentivo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) à implementação da IA no Judiciário, por meio de uma resolução recente. “Ninguém precisa ficar com medo que será julgado por uma IA, porque não vai desaparecer a figura do juiz”, concluiu Mari Eleda.

 

Texto: Carlos Nogueira
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