Valor de acordo em ação civil pública é revertido para construção de parque infantil inclusivo

Com brinquedos adaptados, espaço destina-se a crianças atendidas pelo Centro Catarinense de Reabilitação (CCR)

14/03/2017 18h25
Parquinho
Brinquedos têm fins terapêuticos e recreativos


 

Mais de 100 crianças com deficiência atendidas semanalmente pelo Centro Catarinense de Reabilitação (CCR) agora têm um novo motivo para sorrir. Na última quinta-feira (9), a instituição inaugurou um parque infantil, construído com recursos originados de um acordo firmado pela 5ª Vara do Trabalho (VT) de Florianópolis, numa ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-SC) contra uma grande rede de supermercados da capital.

Além dos fins terapêuticos e recreativos, os brinquedos do parquinho favorecem a interação entre as crianças, como o balanço adaptado para cadeira de rodas, que pode ser utilizado por duas pessoas simultaneamente. O espaço também conta com escorregadores com duas alturas, para que a criança seja auxiliada, e piso emborrachado, que facilita a circulação de cadeirantes. O investimento foi de R$ 30 mil.

Para a gerente do CCR, Cristiane Carqueja, a iniciativa fortalece nas crianças a consciência da cidadania. “Quando se fala em inclusão, o direito de brincar também faz parte. Se a criança percebe que pode ter um parque inclusivo, entende que essa cidadania também pode ser exigida em outras áreas”, assinala a médica.

Ação civil pública
 

Juíza Zelaide e procuradores do MPT em parquinho
A  partir da esquerda: Zelaide Philippi, Hack e Carlesso (último à direita)

 

Estiveram presentes na inauguração a juíza Zelaide de Souza Philippi, da 5ª VT de Florianópolis, e os procuradores do trabalho Luciano Carlesso e Acir Alfredo Hack. Carlesso foi o autor da ação civil pública que garantiu o repasse de R$ 500 mil para o Centro Catarinense de Reabilitação, através de acordo firmado em 2015 com o Grupo WMS Supermercados.

A destinação dos recursos para o CCR foi respaldada pelas juízas Zelaide Philippi e Rosana Basilone Leite Furlani, também da 5ª VT de Florianópolis. A maior parte do valor do acordo havia sido usado pela entidade no ano passado para a compra de próteses, cadeiras de rodas e estabilizadores para os pacientes.

Processo 0000248-75.2015.5.12.0035
 

 

 


Texto: Carlos Nogueira / Fotos: Jaiciara Monteiro
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