Gestores querem levar debate sobre trabalho infantil para escolas públicas da rede estadual

18/08/2015 11h29
juiz Ricardo Nunes, dep. Antonio Aguiar e des. Lourdes Leiria apresentam sugestões às escolas
Da esquerda para a direita: juiz Ricardo Nunes, dep. Antonio Aguiar e des. Lourdes Leiria apresentaram sugestões para ações nas escolas

Depois de promover uma série de atos públicos em algumas das cidades catarinenses que possuem mais crianças e adolescentes trabalhando, os magistrados que coordenam o Programa de Combate ao Trabalho infantil em Santa Catarina pretendem agora levar o debate para dentro das salas de aula da rede estadual.

A desembargadora Maria de Lourdes Leiria e o juiz Ricardo Kock Nunes, ambos do TRT-SC, se reuniram com a secretária estadual adjunta de Educação, Elza Marina da Silva Moretto, em Florianópolis, para discutir algumas alternativas. Entre elas, os magistrados fariam uma conferência transmitida pela internet aos diretores e professores e também visitariam algumas das escolas em tempo integral mantidas pelo Governo do Estado. A reunião aconteceu na quarta-feira (12) e contou com a participação do deputado estadual Antonio Aguiar (PMDB-SC).

quadrinho do trabalho infantil
Folheto enumera nove razões contra o trabalho de crianças

“É um momento de aproximação. Vamos fazer um levantamento, ver como as escolas vêm tratando esse tema, para então sugerir outras ações”, afirma Lourdes Leiria.

Até que as ações se concretizem, a magistrada sugeriu à representante do governo estadual a distribuição de materiais didáticos sobre o tema, como um folheto que mostra as 9 razões por que as crianças não devem trabalhar e a exibição do documentário “Não é Brinquedo”. O curta foi produzido pelo próprio TRT-SC e faz um panorama do trabalho infantil em Santa Catarina.

4º Lugar

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2012 colocam Santa Catarina no quarto lugar do ranking nacional da exploração do trabalho infantil, atrás apenas de Piauí, Rondônia e Acre. O levantamento apontou que o estado tem 32 das 100 cidades brasileiras que mais registram casos, especialmente na agricultura familiar e no trabalho doméstico.

Saiba mais: conheça a página do TRT-SC sobre o combate trabalho infantil

 

 

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