Em meio a uma crise na mídia, os juízes têm duas opções: podem falar ou... podem falar. Essa foi a mensagem que o jornalista Heródoto Barbeiro, com quase 50 anos de experiência, passou aos magistrados da Justiça do Trabalho catarinense, nesta sexta (29), durante evento promovido pela Escola Judicial (Ejud) do TRT-SC.
O jornalista, que também é historiador e já foi advogado trabalhista por 10 anos, foi convidado para fazer a conferência de encerramento do 3º Módulo de Estudos da Ejud, que este ano está tratando do aumento da litigiosidade na Justiça do Trabalho. O tema inicialmente abordado seria a “A Justiça do Trabalho vista pela mídia”, mas o atual apresentador do Jornal da Record News resolveu ampliar a discussão para alertar os magistrados sobre a importância de se fazer ouvir na era da comunicação digital.
“Até pouco tempo atrás, vamos falar aí uns 15 anos, a crise acontecia e durava no máximo 24 horas. Mas hoje, por causa desse aparelhinho aqui (tirando o celular do bolso), ela pode alcançar proporções gigantescas e destruir a reputação de uma pessoa ou de uma instituição. Então, o juiz tem duas opções: ele pode falar, ou ele pode...falar”, disse.
Por causa da revolução tecnológica nas comunicações e da popularização das redes sociais, segundo ele, hoje milhões de pessoas passaram a ser não somente os receptores da informação, mas também os emissores.
“Acabou o oligopólio da informação. Se antes meia dúzia de empresas de comunicação dominavam esse fluxo, o cenário hoje é totalmente caótico. Por isso é importante, cada vez mais, que as instituições públicas aprendam a cuidar de suas marcas, algo que a iniciativa privada entendeu no século passado”, orientou.
Texto e fotos: Clayton Wosgrau
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