Pesquisa judiciária e ciência de dados é tema de encontro no TST

Objetivo foi aprofundar o conhecimento sobre formas de pesquisa e instrumentos para organizar as buscas

13/03/2023 15h15, atualizada em 13/03/2023 17h03
Divulgação TST

Integrantes do quadro funcional e da magistratura do trabalho participaram do 2º Encontro da Rede de Pesquisas Judiciárias e Ciência de Dados do Segmento da Justiça do Trabalho. O evento foi realizado no edifício-sede do TST, em Brasília, durante dois dias (9/3 e 10/3), e teve o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre formas de pesquisa e instrumentos para organizar as buscas. O TRT-12 foi representado pela juíza-auxiliar da Presidência, Ângela Konrath, pelo gestor de Metas e da Estratégia, Roberto Masami Nakajo, e pelo coordenador de Estatística, servidor Marco Bazeggio.

A pesquisa judiciária foi implantada no âmbito da Justiça do Trabalho a partir da publicação da Resolução 462 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que criou a Rede de Pesquisas Judiciárias e os Grupos de Pesquisas Judiciárias. A intenção do CNJ é integrar os tribunais brasileiros e promover uma gestão colaborativa de dados, evitando a duplicidade de informações.

Na abertura do evento, a coordenadora da Comissão Nacional de Pesquisa Judiciária e Ciência de Dados, ministra Kátia Arruda, destacou que o tema ainda é novidade no Poder Judiciário e que não é comum para a Justiça trabalhar a partir de estatísticas. “Na Justiça do Trabalho, temos um papel ainda maior. Estamos na frente por já termos nossa secretaria nacional e por estarmos estruturando nossas redes em parceria com os 24 TRTs”, disse. “Tenho certeza que podemos ser referência para o Brasil”.

Ainda de acordo com a ministra, entre as funções da comissão nacional estão monitorar e avaliar a gestão e as áreas de pesquisa, além de formular propostas de aperfeiçoamento em relação à governança do TST.

Dados concretos

Para o supervisor da Secretaria de Pesquisa Judiciária e Ciência de Dados do TST, juiz Leonardo Vieira Wandelli, a temática é essencial nos dias atuais para qualquer instituição. “Precisamos produzir um conhecimento qualificado que nos permita compreender as transformações e as permanências do mundo do trabalho, nesse mundo complexo e cheio de narrativas, nas quais muitas vezes não podemos confiar”, pontuou.

Assim, segundo o magistrado, será possível aprimorar a gestão e a capacidade de julgar do Poder Judiciário e contribuir para a efetividade da justiça social.

Durante o evento, os participantes também conheceram o painel sobre experiências com ciências de dados e sistemas de automação já em uso, além do trabalho em curso nos TRTs da 1ª Região (RJ) e da 18ª Região (GO).


Texto: Juliane Sacerdote (Secom/TST)

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