“Um bom juiz deve ter honestidade, equilíbrio, prudência, generosidade e sabedoria – jóia que o tempo nos dá em troca de tudo que nos tira”. Essa foi uma das afirmações do desembargador Francisco Rossal de Araújo, do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul, em palestra na última quinta-feira (12) durante o 3º Encontro Institucional da Magistratura do Trabalho de Santa Catarina, evento organizado pela Escola Judicial do TRT-SC.
O quarto dia do Encontro foi destinado aos debates institucionais, uma oportunidade de os juízes de primeiro grau conversarem com a Administração sobre questões relacionadas às práticas diárias nas unidades judiciárias. Com experiência no assunto, já que o TRT-RS promove essa iniciativa há alguns anos, Francisco de Araújo elogiou a iniciativa do Regional catarinense de também abrir espaço para discutir os rumos da instituição.
Na palestra, ele propôs aos juízes e desembargadores presentes algumas reflexões sobre o Poder Judiciário e a vida profissional dos magistrados. “Não nos damos conta do tamanho do desafio que enfrentamos no Brasil. Somos administradores, legisladores e, no meio disso tudo, juízes”, analisou o desembargador, referindo-se aos diversos papéis desempenhados pelos magistrados profissionalmente, que precisam, além de conciliar a prática jurisdicional com a administração das varas, tomar decisões de eficácia parecida com a de leis.
Empossado como juiz do trabalho substituto em 1990, Francisco de Araújo compartilhou histórias que vivenciou desde quando atuava no primeiro grau e comentou sobre a demanda jurisdicional nos dias de hoje. “A quantidade está nos sufocando. A grande questão do Judiciário atual é alcançar um equilíbrio entre a quantidade de processos e a qualidade dos julgamentos”, concluiu.
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