Solução de conflitos para além do Judiciário

Em evento realizado no Fórum de Joinville, especialista em resolução de conflitos abordou o “sistema multiportas”, com destaque para o papel transformador da mediação

30/04/2025 17h03, atualizada em 01/05/2025 11h59
Fotos: Camila Abreu

O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC) promoveu na quarta-feira (30/4) a primeira edição do “Café com Cejusc”, realizado no Fórum Trabalhista de Joinville. Organizado pela Coordenadoria de Apoio a Mediação e Conciliação, em parceria com a Escola Judicial, o evento teve como atração principal a juíza Doroteia Silva de Azevedo Mota, titular da 30ª Vara do Trabalho de Salvador (TRT-BA) e especialista em resolução de disputas por uma universidade da Califórnia (EUA).

A magistrada abordou o tema “Sistema de Justiça e o sistema multiportas”, destacando os fundamentos da Resolução Adequada de Disputas (RAD), a atuação dos Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejusc) e o papel da mediação e conciliação na Justiça do Trabalho.

Durante sua fala, a juíza enfatizou a importância do sistema multiportas como uma estratégia do Judiciário para oferecer diferentes caminhos de resolução de conflitos, como a conciliação, a mediação, a arbitragem e a sentença.

Inspirada na proposta de Frank Sander, professor e reitor da faculdade de Direito de Harvard, ela destacou que o Judiciário não é o único detentor das chaves para essas portas. “A advocacia, por exemplo, tem a chave para abrir as portas da mediação”, afirmou. Para ela, é essencial que empresas e advogados adotem uma postura preventiva e orientem seus clientes sobre os meios mais adequados para lidar com os conflitos, levando em conta variáveis como tempo, estresse, relacionamento e confiança.

 

Cinco pessoas, em pé, em trajes formais, estão em um palco de auditório. São quatro mulheres e um homem.
A partir da esq.: des. Quézia Gonzalez; procuradora Priscila Romanelli; juíza Tatiana Russi e advogados Janaína Madeira e Óliver Pereira


Impacto


Outro ponto de destaque na exposição da magistrada foi o papel transformador da mediação. “O que me move na conciliação é resolver, sanar os conflitos que fazem parte da vida”, disse. Ela explicou que a forma como um conflito é resolvido pode impactar profundamente as partes envolvidas, e que o ajuizamento de uma ação, em alguns casos, pode intensificar disputas.

Ao mencionar a mediação transformativa e a abordagem da Escola de Harvard, Doroteia Mota ressaltou a importância de uma prática com perspectiva interseccional de gênero e raça, promovendo soluções mais justas e humanas.

 

Três pessoas em pé, sendo duas mulheres e um homem, sorriem para a foto. Uma das mulheres, ao centro, de pele branca e cabelos longos e pretos, trajando uma camisa branca e calça preta, segura nas mãos uma pasta com um documento assinado.
Presidente Amarildo de Lima e vice-presidente Quézia Gonzalez assinaram, com a gerente jurídica trabalhista da BRF S.A, Joice Chemin (c), o termo de adesão da empresa ao projeto Conciliar é Melhor 


Autoridades


Entre as autoridades que prestigiaram o evento estiveram o presidente do TRT-SC, desembargador Amarildo Carlos de Lima; a vice-presidente do TRT-SC e diretora da Escola Judicial (Ejud-12), desembargadora Quézia de Araújo Duarte Nieves Gonzalez; a coordenadora do Cejusc de Joinville, juíza Tatiana Sampaio Russi; a procuradora do trabalho Priscila Lopes Pontinha Romanelli; o secretário-geral da OAB/SC, Óliver Jander Costa Pereira; e a presidente da Subseção da OAB de Joinville, Janaína Silveira Soares Madeira.
 

Grupo de 30 pessoas sentadas, num auditório, acompanham atentamente uma palestra
Evento foi realizado no Fórum Trabalhista de Joinville e reuniu magistrados, servidores, advogados e empresários

 


Texto: Andréa Gonçalves (estagiária)
Secretaria de Comunicação Social  
Divisão de Redação, Criação e Assessoria de Imprensa 
(48) 3216-4000 - secom@trt12.jus.br  

 

Leia Também: