Soluções diferentes e mais eficazes

Para diretora da Ejud, juízes devem inovar na forma de abordar nova realidade das relações de trabalho

28/09/2017 12h45
Mesa de abertura do 3 módulo da Escola Judicial
Mesa de abertura, da esquerda para a direita: Külzer, Munhoz, Petrone, Mari Eleda e Balbinot

Na abertura do 3º Módulo de Estudos da Escola Judicial, a diretora da Ejud e vice-presidente do TRT-SC, desembargadora Mari Eleda, destacou que a programação do módulo vai fechar com “chave de ouro” um ciclo de dois anos de estudos, que iniciou com o aprofundamento das bases constitucionais do Direito do Trabalho, em 2016, seguido da reflexão sobre as causas do aumento da litigiosidade e das formas de combatê-la, em 2017.

De acordo com a diretora da Ejud, o aumento da litigiosidade é um desafio a ser enfrentado pelos magistrados, assim como as novas formas de relações de trabalho surgidas com a modernidade.

Desembargadora Mari Eleda na Escola Judicial
Des. Mari Eleda: relações de trabalho surgidas na modernidade ocupam desafiadoramente os tribunais

"O Uber ocupa desafiadoramente os tribunais. Empresas de tecnologia de Blumenau já distribuem serviços para Índia e outros países do oriente. Há relações novas, transformadas, aflorando à mesa, um fermento fecundo para a litigiosidade. Portanto, inovar na forma de abordá-la, lançando mão de soluções diferentes e mais eficazes para a nova realidade do trabalho, jurídica e tecnológica, é um imperativo”, disse Mari Eleda.

Já o presidente do TRT-SC, desembargador Gracio Petrone, lembrou que a sociedade brasileira ainda está muito apegada à “cultura da sentença”, muito em razão da maior confiança depositada nessa modalidade de resolução de conflitos, mas também pela ausência ou escassez de outros métodos não litigiosos.

“Não resta dúvida de que o Judiciário Trabalhista tem empreendido esforços para mudar esse cenário, notadamente o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, impondo aos Regionais a implantação de núcleos próprios de conciliação”, afirmou o presidente, destacando que a mediação pré-processual, coordenada pela desembargadora Mari Eleda, já é uma realidade no Tribunal, com quase 100% de acordos em conflitos coletivos.

Também cumpuseram a mesa da abertura do evento, além do presidente do TRT-SC e da diretora da Ejud, o vice-diretor da Escola, juiz José Lucio Munhoz, o 1º Vice-Presidente da Amatra, juiz José Carlos Külzer, e o diretor-geral da Faculdade Cesusc, Flávio Balbinot.

 

 

 

 


Texto: Clayton Wosgrau e Camila Velloso / Fotos: Simone Dalcin
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