Foram registradas ocorrências no prédio-sede, Fórum de Florianópolis e em varas do trabalho do litoral norte
Depois de funcionar em regime de plantão judiciário na sexta-feira (17/1), o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região voltou às atividades nesta segunda (20/1). A decisão de suspender o expediente regular foi tomada pelo presidente da instituição, desembargador Amarildo Carlos de Lima, após avaliação dos impactos das chuvas no estado nos dois últimos dias e o comprometimento da segurança no deslocamento dos magistrados, servidores, estagiários e aprendizes.
Na capital, o prédio-sede do Tribunal registrou alagamento na garagem, com a água atingindo cerca de 30 centímetros nos pontos mais baixos. Apesar do acionamento das bombas de drenagem, elas não foram suficientes para conter o volume de água vindo da rua. O escoamento da garagem já aconteceu, mas como os sensores eletrônicos dos elevadores ainda estão com muita umidade, eles só poderão ser acionados na quarta-feira (22/1). Em razão disso, a Presidência autorizou teletrabalho até terça-feira (21/1) para quem atua no prédio-sede.
Por segurança, na quinta-feira (16/1), o gerador de energia do prédio foi desativado. Por esse motivo, houve o desligamento preventivo da central de dados (datacenter) para evitar o comprometimento dos sistemas utilizados pela Justiça trabalhista, como o PJe. O religamento da central ocorreu na sexta-feira, porém os sistemas periféricos ainda passam por ajustes para garantir a estabilidade.
Sem vazão
Houve entrada de água no Memorial e no corredor de ligação entre os edifícios, no térreo, e o surgimento de goteiras e infiltrações na Presidência e no hall do 11º andar, devido à entrada de água pelo pavimento superior. A canalização do telhado não conseguiu dar vazão ao grande volume de chuva, que chegou a quase 200 mm em três horas.
Em relação às goteiras, a equipe da Coordenadoria de Manutenção (CMAN) aguarda a secagem das infiltrações para efetuar um conserto mais efetivo, de forma a eliminar as causas e reparar o que foi danificado.
Um metro e meio de água
No Fórum Trabalhista de Florianópolis, a situação foi ainda mais complicada: a garagem do subsolo foi inundada, devido ao elevado volume de água que vinha da rua Almirante Lamego, com a água atingindo 1,5 metro de profundidade. As bombas de drenagem foram acionadas, mas também não conseguiram dar vazão ao volume extraordinário, o que só veio ocorrer na sexta-feira. Os elevadores, no entanto, já estão operando normalmente, com exceção do utilizado pelos cadeirantes, que liga a garagem ao térreo.
O portão de acesso à garagem teve a fonte de alimentação do motor de acionamento queimada por causa da força da água. Outros danos incluíram inundações no hall do térreo e na sala da agência do Sicoob, além da quebra de vidros no muro frontal da avenida Beira-Mar.
“As equipes de limpeza, manutenção e obras foram incansáveis, atuando de forma preventiva para que o acúmulo de água não causasse ainda mais estragos”, destacou a diretora da Secretaria Administrativa (Secad), Fernanda Gomes Ferreira. As equipes da Secad seguem no levantamento das informações pelo interior do estado.
No Foro, o portão foi reposicionado e está operando manualmente, com previsão de reativação automática na segunda-feira (20/1), assim como a limpeza da garagem. A substituição dos vidros quebrados também será realizada ao longo da próxima semana.
Avaliação no interior
As equipes da Secad também estão consultando as unidades judiciárias dos municípios que estiveram na rota da tempestade - Navegantes, Balneário Camboriú, Itapema, São José, Palhoça, Imbituba e Almoxarifado. As principais ocorrências relatadas até o momento foram goteiras e infiltrações.
A equipe da CMAN está fazendo uma análise mais efetiva para apurar outros problemas como lâmpadas queimadas, ralos entupidos ou pontos com água acumulada para solucioná-los.
Texto: Camila Collato
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