Mentores avaliam participação na primeira maratona tecnológica da Justiça do Trabalho

26/09/2019 17h45, atualizada em 31/10/2019 13h19

Três mentores, das áreas do Direito, de negócios e administrativa, contaram como foi participar da primeira maratona tecnológica da Justiça do Trabalho, o Hackathon Inova TRT-SC: o juiz do trabalho do TRT da 3ª Região (Minas Gerais) Luiz Evaristo Osório Barbosa, o diretor executivo da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Gabriel Sant'Ana Palma Santos, e a secretária-geral do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), Márcia Lovane Sott.

Uma das prováveis origens da palavra mentor remete à obra Odisséia, de Homero, no qual Mentor é um personagem que tem a capacidade de dar suporte e inspirar outros em suas jornadas. Essas características também se fizeram presentes no Hackathon, por meio de 30 mentores, que acompanharam as equipes durante as 52 horas de trabalho.

Coordenador do Grupo Nacional de Negócio do Processo Judicial Eletrônico (PJe), o juiz Luiz Evaristo considerou a experiência de participar do evento como “única, espetacular e maravilhosa”.

Para o magistrado, o que mais chamou a atenção foram as ideias dos participantes para resolver o problema da falta de servidores, que, de acordo com o ele, atinge a Justiça do Trabalho nacionalmente. “Por meio da máxima automatização possível, da criação de ferramentas capazes de fazer mais com menos pessoas, o trabalho seria otimizado”, avaliou o juiz.

Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o mentor Gabriel Santos lembrou do engajamento dos presentes, “tanto das equipes quanto dos mentores”. “Em comparação aos outros eventos semelhantes que participei, percebi um envolvimento acima da média. Ninguém queria deixar o local e ficar para trás”, ressaltou o profissional.

De acordo com ele, a maior dificuldade percebida inicialmente entre os participantes foi a de se colocar no lugar do outro. “É algo natural. É normal que os servidores públicos, por exemplo, falem de seus problemas, de suas rotinas, não percebendo o que aflige o outro lado. O evento foi muito importante nesse sentido, porque promoveu a compreensão entre diferentes perspectivas”, frisou Gabriel Santos.

A secretária-geral do TST, Márcia Sott, ressaltou que o evento representou um momento único de interação da tecnologia com o Direito. “A maratona nos possibilitou compartilhar com pessoas de fora do Judiciário nossos problemas para, juntos, encontrarmos uma solução”, assinalou.

A servidora avalia que eventos como o Hackathon Inova TRT-SC deveriam ser estendidos para todo o país. “Penso que, em tempos em que o Judiciário depende tanto da tecnologia e temos tantas restrições, seja de orçamento, seja de pessoas, esse deveria ser um programa a ser incorporado nacionalmente, sendo replicado também em outros tribunais. Quiçá partam daí as nossas melhores soluções, em uma construção conjunta com a sociedade e sua representatividade nesses eventos”, considerou.

Nova visão

A advocacia também esteve presente no Hackathon Inova TRT-SC. O Conselheiro Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC) Gustavo Villar Guimarães participou integrando uma das 12 equipes.

Da experiência, Guimarães destacou a nova visão adquirida. “Saí do evento com a percepção muito mais ampla de tudo o que ainda pode ser feito para melhoria da prestação jurisdicional, bem como das dificuldades para encontrar soluções de determinados problemas que, quando vistos de fora, nos parecem muito mais simples”, afirmou.

 


Texto: Carlos Nogueira / Fotos: divulgação 
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