Greve no transporte tem nova rodada de negociação nesta quarta, às 18h30

Greve no transporte tem nova rodada de negociação nesta quarta, às 18h30

01/06/2016 15h18
Desembargador Guglielmetto em audiência com representantes
Representantes dos trabalhadores (à direita) saíram de reunião com proposta de reajuste de 9,8% e retomarão negociação ao fim do dia

Uma nova rodada de negociação entre sindicatos patronais e de trabalhadores está marcada para as 18h30 desta quarta-feira (01), na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SC) em Florianópolis. Após uma reunião que durou mais de duas horas, pela manhã, as partes não conseguiram chegar a um acordo para acabar com a greve no transporte coletivo da Grande Florianópolis, deflagrada na última segunda-feira (30).

O desembargador Roberto Guglielmetto, que conduz as negociações, reiterou que, mesmo com a prorrogação da greve, trabalhadores e empresas devem garantir a circulação de uma frota mínima de ônibus para não deixar a população totalmente desassistida, como vem acontecendo. Ele também criticou o descumprimento da ordem judicial que determinou, ontem, que os ônibus circulassem em horários de sábado, e que também estipula multa diária de R$ 50 mil a quem descumprir a determinação.

“Reconheço o direito da categoria à greve, mas é lamentável e inadmissível que uma decisão judicial seja descumprida. Quem acaba sendo penalizado é a sociedade, que por lei deve ter acesso a serviços essenciais, como é o caso do transporte coletivo”, afirmou o desembargador.

Nova proposta

Desembargador Roberto Guglelmetto
Des. Guglielmetto: prioridade é garantir frota mínima

A reunião desta manhã terminou com a proposta dos representantes das empresas para que os trabalhadores retomassem integralmente suas atividades a partir desta quinta (2), oferecendo: reajuste salarial de 9,8%, reajuste do ticket alimentação de R$ 580 para R$ 650; antecipação da variação do INPC de maio a outubro de 2016 para compensação na data-base 2017; e, em relação aos dias de paralisação, abono de apenas um dia.

A classe patronal também se comprometeu a arcar com o custo de construção de um espaço de convivência para motoristas e cobradores, em área a ser cedida pelo Município de Florianópolis no terminal central. O representante da Prefeitura concordou ainda em ceder um terreno em área próxima ao terminal, que funcionaria como estacionamento para os ônibus.

No início da reunião, o representante do Ministério Público do Trabalho chegou a propor o retorno ao trabalho pela frota integral, mediante desconto no preço da passagem em 50% e custeio de 50% dos custos de combustível (cerca de 15% da passagem) pelo Município. No entanto, os representantes da Prefeitura afirmaram que estariam impedidos legalmente de aceitar a proposta, enquanto os trabalhadores argumentaram que o prejuízo das empresas com a redução da tarifa acabaria sendo transferido indiretamente para a população.

 

 

 

Texto e fotos: Fábio Borges
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