Motoristas e cobradores do transporte coletivo de Criciúma aceitam proposta do TRT-SC e encerram greve

09/06/2014 19h20, atualizada em 04/09/2020 18h53
audiência
Na audiência, foram discutidos reajuste salarial, vale-alimentação, gratificação a motoristas que cobram passagens e garantia temporária de emprego


Empresários e trabalhadores do transporte coletivo de Criciúma chegaram a um acordo durante audiência de conciliação no TRT-SC, na segunda-feira (09), pondo fim à greve deflagrada há uma semana. Os termos da proposta, mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SC) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-SC), foram aprovados na assembleia da categoria realizada à noite, algumas horas após a audiência.

Os motoristas terão reajuste de 9,5%, e cobradores, 9,8%. O vale-alimentação passou de R$ 260 para R$ 300, enquanto a gratificação paga aos motoristas que fazem a função de cobrador foi unificada: todos irão receber R$ 270. Foi acordada também uma garantia de emprego para toda a categoria de 90 dias.

A magistrada e a procuradora do trabalho Sílva Zimmermann tiveram participação decisiva na negociação. Ao invés de abrir o debate, fato que costuma acirrar os ânimos e inviabilizar a conciliação, ambas optaram por conversar separadamente com os representantes de cada categoria, ajustando gradualmente as propostas.

“Nosso papel, tanto da Justiça do Trabalho quando do Ministério Público do Trabalho, é justamente facilitar a construção da conciliação”, disse Teresa Cotosky. Ela afirmou que para elaborar a proposta analisou o panorama geral da categoria em diversas regiões do estado, com exceção de Florianópolis, por possuir uma realidade bem distinta, segundo ela.

A greve do transporte coletivo de Criciúma foi deflagrada por uma dissidência do sindicato da categoria, o Sintracril (Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas e Passageiros de Criciúma).

O Sintracril chegou a firmar uma convenção coletiva de trabalho com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Santa Catarina (Setpesc), mas sem incluir a empresa Expresso Coletivo Forquilhinha, que emprega quase 80% da mão de obra do setor. A proposta do TRT-SC e do MPT será incluída na convenção por meio de um aditivo, contemplando a categoria como um todo.

 

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Social - TRT-SC
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