Magistrados e servidores de varas piloto trocam experiências sobre o PJe-JT

Noemia Colonna e Patrícia Resende

30/01/2012 16h50

O 2º Curso de Capacitação de Formadores no Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT) chegou ao fim com uma mesa redonda sobre o sistema. Magistrados e servidores dos Tribunais Regionais do Trabalho da 7ª Região (CE) e 12ª Região (SC), que instalaram o PJe-JT nas Varas do Trabalho de Caucaia e Navegantes, respectivamente, contaram experiências vividas nas unidades judiciárias com a nova ferramenta. Os relatos foram feitos a integrantes do comitê gestor do projeto e aos participantes do curso, composto por servidores das Varas do Trabalho de Várzea Grande-MT e Arujá-SP, as próximas a usar o sistema de forma piloto.

O juiz titular da Vara do Trabalho de Navegantes, Luis Roveda, elogiou a “altíssima segurança” do PJe-JT. Ele disse já haver grande expectativa, principalmente por parte dos advogados, “com a possibilidade de fazer tudo sem sair do escritório”. O magistrado fez sugestões de melhorias em algumas funcionalidades e de adaptações no espaço físico das futuras Varas do Trabalho eletrônicas. Algumas das melhorias propostas já foram incorporadas à versão instalada em Caucaia-CE. Foi o que relatou o juiz substituto da Vara cearense, Francisco Fortuna.

A troca de experiências foi considerada proveitosa pelos participantes. “Depois desta mesa redonda, todos os nossos receios foram perdidos. Entendemos que os TRTs têm praticamente as mesmas dúvidas, mas o contato diário com o sistema vai nos tornar experientes nesta sistemática revolucionária que será o PJe-JT”, afirmou o aluno Luiz Gustavo Ribeiro Augusto, Juiz do Trabalho substituto  em São Paulo.

Para Wanderley Piano da Silva, juiz titular da Vara de Várzea Grande, a participação no curso de formação foi importante, “pois vai nos ajudar a enfrentar essa nova realidade que é o PJe-JT. Ouvir os relatos das varas que já receberam o sistema foi uma experiência rica porque nos possibilitou conhecer aspectos que deverão ser evitados quando for a nossa vez de implementar a nova ferramenta”, avaliou.

2ª Turma

O curso, promovido pelo CSJT com apoio da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT), durou três dias. No primeiro, os participantes obtiveram uma visão geral do sistema, a partir de palestra ministrada pelo juiz auxiliar da presidência do CSJT, Alexandre de Azevedo Silva. O magistrado destacou, entre outros aspectos, a Lei 11.419/06, que regula o Processo Eletrônico no Poder Judiciário. “É fundamental que discutamos todos os aspectos do PJe-JT para que sua instalação realmente traga mais celeridade e eficiência à Justiça do Trabalho”, afirmou o juiz.

Em seguida, foi realizada uma oficina prática, em que os participantes aprenderam a usar a ferramenta.  “Fazer este curso é importante para que possamos ter uma noção inicial do que é o PJe-JT e termos a ciência de que vamos participar do início da implantação de um novo procedimento de trabalho na Justiça”, disse o juiz do Trabalho substituto Luiz Fernando Feola, do TRT da 2ª Região. 

 

Fonte: CSJT

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