Valores homologados ultrapassam R$ 4 milhões e serão pagos em processo que tramita no juízo de falências
O Centro de Conciliação (Cejusc) de Florianópolis realizou durante o mês de outubro cerca de 300 audiências para homologar acordos entre vigilantes e a empresa Mobra, especializada em segurança privada. A empresa, com sedes em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, teve a falência decretada em junho deste ano. Os valores que deverão ser pagos com as conciliações passam de R$ 4 milhões.
Para alcançar esse resultado, foram realizadas em torno de 100 audiências por dia, durante três sextas-feiras. Uma pauta expressiva, com o objetivo de que os ex-empregados tivessem seus acordos habilitados no juízo de falência e também conseguissem a liberação das guias de FGTS e Seguro-Desemprego.
A solução encontrada foi uma ação coordenada pelo Cejusc da capital catarinense, que atuou em cooperação judicial com a 1ª Vara Regional Empresarial de Porto Alegre (RS), responsável pelo processo de falência da Mobra. Isso permitiu que centenas de trabalhadores fossem atendidos num curto espaço de tempo, cinco meses depois de as ações trabalhistas serem ajuizadas.
A juíza Maria Aparecida Jerônimo, coordenadora do Centro de Conciliação, destaca a importância dessa cooperação pela possibilidade de agilizar o processo e pelo grande número de pessoas beneficiadas com as conciliações - alguns trabalhadores estavam com dez meses de salários atrasados.
Grande parte dos ex-empregados da Mobra foram representados pela Federação dos Vigilantes e Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância, Prestadoras de Serviços, Asseio e Conservação e Transporte de Valores de Santa Catarina (Fevasc). Os acordos começarão a ser pagos nas próximas semanas.
Texto: Priscila Tavares
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