O Centro Catarinense de Reabilitação (CCR) recebeu, nesta segunda-feira (4), a segunda etapa de uma doação que garantiu um total de R$ 500 mil em equipamentos para 249 pacientes, beneficiados com próteses, cadeiras de rodas e estabilizadores. O valor é decorrente de um acordo judicial firmado pela 5ª Vara do Trabalho de Florianópolis em um processo movido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-SC) contra uma grande rede de supermercados de Florianópolis.
Mais de cem beneficiados estiveram presentes nesta etapa. Entre eles estava a pequena Isabel Jacomelli, de apenas 5 anos, que possui atrofia muscular e por isso não consegue andar. A família veio de Brusque para receber o estabilizador que vai garantir o reforço muscular que a garota precisa. “Com esse equipamento ela vai poder comer na sala vendo TV. Parece uma coisa boba, mas antes isso seria impossível”, conta Vanessa, mãe da menina. Modelar massinha vai deixar de ser brincadeira apenas na escola, já que com o suporte Isabel garante que vai passar a tarde fazendo isso sobre a mesa de casa.
Dona Edite, de 70 anos, veio de Navegantes e aos poucos começou a dar os primeiros passos com sua nova prótese. Por causa da diabetes, ela perdeu parte da perna direita e, apesar de usar o andador, diz que caía muito por falta de equilíbrio. “Foram cinco anos esperando, agora poderei lavar a louça sem cair”, conta, sorridente.
“Se tivesse que resumir em uma frase tudo o que está acontecendo hoje, eu diria que essa doação garantiu o retorno da dignidade, o direito de ir e vir, a inclusão social dessas pessoas”, agradeceu, emocionado, o diretor do CCR, Marcelo Lemos dos Reis.
Pelo TRT-SC, estiveram presentes na entrega dos equipamentos a juíza titular da 5ª VT, Rosana Basilone Leite Furlani, a diretora de secretaria Cleudes Silveira Martins e o estagiário Arthur da Silva Simon. Logo após, a comitiva do TRT se reuniu com o procurador regional do trabalho Luciano Carlesso, o diretor do CCR Marcelo Lemos Reis e o superintendente dos hospitais públicos do Estado, Heron Felício Pereira. Eles discutiram as dificuldades na área da saúde e a importância dessa doação, que reduz o tempo de espera para quem precisa dos equipamentos.
O diretor do CCR explicou que, muitas vezes, leva-se meses para fazer uma licitação, o que pode inviabilizar o uso do equipamento. “Se for para uma criança, por exemplo, ele pode nem servir mais, já que são todos feitos sob medida”, esclareceu.
- Processo 0000248-75.2015.5.12.0035
Texto e fotos: Daniele Oliveira
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