O Fórum Trabalhista de Lages será o próximo a receber um Centro de Conciliação, estrutura específica para a realização de audiências de tentativa de acordo. A definição aconteceu na quinta (23), em reunião realizada entre os juízes das varas do trabalho do município, a presidente do TRT-SC, desembargadora Mari Eleda, e o juiz auxiliar da Presidência, Marcel Higuchi. A inauguração está prevista para o final de outubro.
Do início deste ano até o final de julho, as três unidades lageanas resolveram 1,8 mil processos – desses, 872 por meio de acordos, o que dá um índice de 48,25%.O percentual é maior que a média do estado no período (44,4%) mas, ainda assim, segundo a coordenadora do Fórum serrano, juíza Patrícia Pereira de Sant'Anna, a intenção é melhorá-lo.
“O índice de acordos nas três varas do trabalho de Lages sempre foi muito parecido e na maior parte das vezes representou número superior à média do Tribunal. A ideia é aumentar o percentual de conciliações, pois poderemos nos dedicar especialmente a estas em pautas específicas e conversar diretamente com as partes com esta finalidade”, explica a magistrada, que está animada com a instalação do Cejusc.
“Nós, em Lages, somos conhecidos pela nossa unidade e pela boa aceitação de projetos novos. Estamos entusiasmados com o Cejusc, cuidando de todos os preparativos e prontos para receber pautas e procedimentos”, conta a juíza, que acredita que a estrutura também será bem recebida pelos advogados, “pois eles estão sempre prontos a apoiar bons projetos como o Cejusc”, aposta.
O que é o Cejusc?
Os Centros de Conciliação são ambientes planejados especialmente para a realização de acordos, com leiaute concebido dentro das recomendações do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). As mesas são redondas, facilitando as negociações, que são conduzidas por juízes com a ajuda de um servidor conciliador.
De acordo com a presidente do TRT-SC, desembargadora Mari Eleda, o Cejusc permite retirar as partes do ambiente processual, “naturalmente tenso”, para viver um momento próprio, especial. “É um momento destinado à reconstrução da relação quebrada. Não há processo na sala de conciliação, não se busca um juiz para decidir em favor de A ou B, mas sim uma solução que atenda aos interesses de A e B”, analisa.
A expectativa da presidente é expandir os centros de conciliação para todo o Estado até o final do ano que vem.
Texto: Carlos Nogueira / Foto: Adriano Ebenriter
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