Primeiro dia do evento reuniu 160 participantes para acompanhar apresentação de David Valente e uma palestra sobre comunicação institucional
O 4º Módulo de Formação Continuada de 2025 da Ejud-12 iniciou nesta quarta-feira (12/11) com uma programação que, ao longo dos dois dias, propõe momentos de reflexão e debate sobre temas contemporâneos da Justiça do Trabalho e da sociedade em geral.
Realizado em formato híbrido, o evento reuniu no primeiro dia 160 participantes presenciais (sala do Pleno) e on-line. As atividades seguem até esta quinta-feira (13/11), encerrando o ciclo formativo do ano e o biênio da atual gestão da Escola.
Propósito e alegria
A palestra de abertura, intitulada “Sorrir e cantar, acreditar e vencer”, foi conduzida pelo filósofo, cantor e produtor musical David Valente. Natural de Fortaleza (CE), ele nasceu com uma deficiência físico-motora congênita que o impede de usar as mãos e encontrou na música uma forma de expressão, aprendendo a tocar teclado e acordeon com os pés.
Formado em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará, David uniu a trajetória artística e acadêmica em apresentações que combinam música e reflexões sobre propósito, trabalho e alegria de viver. Alternando canções e trechos de sua história, o palestrante convidou o público a repensar a forma como encara as próprias limitações e conquistas.
“O ser humano tem dois superpoderes: o que a gente é e o que a gente faz”, afirmou, destacando que a realização pessoal e profissional ocorre quando ambos os lados se unem. Para ele, propósito e apoio coletivo são as forças que permitem transformar desafios em aprendizado. “A motivação vem de dentro, mas o olhar e a palavra de incentivo de quem está ao nosso lado fazem toda diferença”, disse.
Com bom humor e carisma, David encerrou a fala ressaltando a importância de encontrar sentido no que se faz. “Eu não me sinto especial por tocar com os pés. Me sinto especial por ter a oportunidade de estar com as pessoas e mostrar que a vida é feita de ciclos, de recomeços e de gratidão”, concluiu, sob aplausos do público.
Magistratura e a comunicação social
A segunda palestra da tarde foi conduzida pela diretora da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do TRT-SC, servidora Camila Velloso, e pela chefe da Seção de Audiovisual e Mídias Digitais, servidora Daniele de Oliveira.
A apresentação buscou aproximar magistradas e magistrados do trabalho desenvolvido pela Secom, abordando temas como critérios de noticiabilidade, relacionamento com a imprensa e boas práticas no uso de redes sociais.
Camila Abreu ressaltou que a Secom atua para fortalecer a imagem do tribunal, seguindo diretrizes de linguagem simples e padronização nacional. “Por meio do portal, contato com a imprensa e demais ferramentas, a comunicação é uma ferramenta de transparência e de valorização do serviço público”, afirmou.
Daniele Oliveira, por sua vez, apresentou o trabalho desenvolvido nas redes sociais e nos produtos audiovisuais, como o Minuto Jurídico e o personagem Catarino, voltados à divulgação de decisões e demais conteúdos de forma acessível.
“Nosso desafio é falar com todos: do estagiário ao advogado, do cidadão comum ao magistrado. As redes permitem alcançar públicos que antes nem imaginávamos atingir”, destacou.
Emoção na abertura
Durante a abertura do evento, a vice-presidente do TRT-SC e diretora da Escola Judicial durante o biênio 2024-2025, desembargadora Quézia de Araújo Gonzalez, fez um discurso em tom de despedida e agradecimento.
Com voz embargada pela emoção, a magistrada lembrou que o módulo final simboliza o encerramento de um ciclo. “Ao olhar para o caminho percorrido, três palavras traduzem o que sinto: alegria, gratidão e serenidade”, afirmou. A desembargadora agradeceu à equipe da Escola, às magistradas que compuseram a direção e aos servidores que atuaram ao longo dos dois anos, reforçando que “nada se realiza de forma isolada”.
Quézia concluiu o discurso desejando êxito à próxima gestão da Ejud-12, que será conduzida pela desembargadora Mirna Bertoldi, atual ouvidora do TRT-SC.
Transição e continuidade
A futura diretora da Escola destacou a importância da colaboração e da troca de experiências nesse período de transição.
“A desembargadora Quézia tem sido incansável em compartilhar informações, experiências e orientações, não apenas sobre a Escola, mas também sobre as atribuições da vice-presidência”, afirmou Mirna Bertoldi.
A desembargadora lembrou que a Ejud-12 completou 20 anos em 2025, consolidando-se como “um espaço de formação, reflexão e fortalecimento institucional”. Para ela, o módulo final simboliza “um momento de celebração do aprendizado coletivo e da renovação do compromisso com uma Justiça do Trabalho mais humana e transformadora”.
O presidente do TRT-SC, desembargador Amarildo Carlos de Lima, também se pronunciou, elogiando a condução do biênio e reforçando o caráter cíclico das gestões. “A vida é assim, uns vão, outros vêm, e que bom que podemos ter força para continuar. A Escola esteve, está e continuará em boas mãos, assim como toda a gestão deste Tribunal”, afirmou.
Também se pronunciaram na abertura do evento as juízas Maria Beatriz Vieira da Silva Gubert, coordenadora pedagógica da Ejud-12; e Ângela Maria Konrath, vice-diretora; além do corregedor regional, Narbal Antônio de Mendonça Fileti.
Programação
O 4º Módulo de Formação Continuada de 2025 integra o ciclo “20 anos de Ejud-12: fortalecendo laços, revisitando temas e debatendo inquietações contemporâneas”.
A programação segue até esta quinta-feira (13), com atividades exclusivamente on-line. O segundo dia será dedicado a debates sobre temas como formação de precedentes, enfrentamento ao racismo e ao trabalho escravo contemporâneo, além de reflexões sobre o esgotamento e a busca por desempenho nas relações de trabalho.
Texto: Carlos Nogueira
Secretaria de Comunicação Social
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