Cerca de um bilhão de pessoas sofrem de transtornos psicológicos no mundo; no Brasil, 12 milhões de pessoas são afetadas pela depressão
O movimento Janeiro Branco foi criado em 2014, na cidade de Uberlândia (MG), pelo psicólogo e palestrante Leonardo Abrahão. O objetivo é conscientizar e debater sobre os cuidados com a saúde mental. No ano que completa dez anos de existência, o lema da campanha de 2024 é Saúde mental enquanto há tempo! O que fazer agora?
O primeiro mês do ano foi escolhido por representar um novo ciclo, época em que as pessoas fazem reflexões e planejam metas. A cor branca simboliza o recomeço, como por exemplo uma folha em branco.
Oficialmente, o Janeiro Branco foi instituído no dia 25 de abril do ano passado, com a sanção da Lei 14.556. De acordo com ela, sempre no início do ano haverá campanhas nacionais de conscientização sobre a saúde mental, nas quais serão abordados temas como prevenção de doenças psiquiátricas, dependência química e suicídio. As ações também falarão sobre hábitos e ambientes saudáveis que auxiliam no bem-estar da população.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2023 mostram que houve um aumento significativo de doenças relacionadas à saúde mental da população, principalmente entre crianças e adolescentes. Cerca de um bilhão de pessoas sofrem de transtornos psicológicos no mundo e 14% deste número são adolescentes.
Dentro desta estatística, quase 80% vivem sem nenhum tratamento ou acompanhamento psicológico. No Brasil, cerca de 12 milhões de pessoas são afetadas pela depressão.
Saúde mental no ambiente de trabalho
Ainda segundo a OMS, estresse, cobrança excessiva, humilhações, constrangimentos, falta de comunicação e esgotamento emocional são algumas das situações que podem impactar na saúde mental e ocasionar perda de produtividade, afastamentos ou faltas no trabalho.
Segundo o Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho, em 2021, doenças mentais foram a terceira maior motivação de afastamentos do trabalho no Brasil. Em 2023, em Santa Catarina, elas foram responsáveis por afastar quase 20 mil catarinenses do trabalho, segundo o Ministério da Previdência.
Texto: Rosângela Matos (estagiária)
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