Peças produzidas por acadêmicos da Estácio trouxeram o mote “Se você não fala, o silêncio fala por você”
O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC) realizou nesta quinta-feira (14) a entrega do Prêmio Universitário de Publicidade Trabalho Seguro aos três primeiros colocados. Voltado a acadêmicos de Comunicação e áreas afins, o concurso teve como foco a criação de uma campanha publicitária – composta de vídeo, spot, busdoor, cartaz e meme - sobre o tema “Violências no trabalho”. A solenidade aconteceu no auditório do Tribunal, no Centro de Florianópolis.
O primeiro lugar ficou com a equipe Esquadrão Publicitário, formada por quatro estudantes de Publicidade e Propaganda das Faculdades Estácio, polo São José. Com o mote “Se você não fala, o silêncio fala por você”, a campanha vencedora procurou mostrar que se manter calado diante de uma violência pode gerar problemas mais graves e devastadores. Os autores receberam o valor de R$ 10 mil e vão ter suas peças divulgadas nos canais de comunicação da Justiça do Trabalho.
Em segundo lugar ficou a equipe A2, composta por alunos de Comunicação Social da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), de Joaçaba, que receberam o prêmio de R$ 6 mil, e em terceiro lugar a estudante de Animação da UFSC Alexia Araújo, contemplada com R$ 4 mil.
“Penso em quantos acidentes foram evitados e vidas foram poupadas pela conscientização dos trabalhadores e empresários promovida pela atuação dos magistrados no Programa Trabalho Seguro. É um trabalho social digno de louvor, uma campanha do bem que foi ainda mais valorizada pela participação dos estudantes no prêmio. Estão todos de parabéns”, assinalou a presidente do TRT-SC, desembargadora Mari Eleda.
Conscientização
Primeiro a discursar no evento, o juiz Ricardo Jahn falou sobre a criação do PTS pelo Tribunal Superior do Trabalho, em 2012, e como os magistrados abraçaram a causa com afinco em Santa Catarina. “O objetivo do Programa é diminuir os números dos acidentes de trabalho no Brasil, que hoje indicam que todos os trabalhadores irão se acidentar alguma vez na vida. Um acidente de trabalho não atinge somente o trabalhador, mas também sua família, a empresa e a sociedade em geral” afirmou o magistrado, um dos gestores regionais do Programa.
O desembargador Roberto Guglielmetto, também gestor regional do PTS em Santa Catarina, observou que a conscientização consiste num processo de amadurecimento pessoal. Para ilustrar, deu o exemplo de quando o uso do cinto de segurança passou a ser obrigatório. Num primeiro momento, a maioria das pessoas não entendia sua importância e desaprovavam a obrigatoriedade imposta. Depois de um tempo, não conseguiam mais dirigir sem a proteção e, num terceiro momento, passaram a se preocupar se os demais passageiros também estavam usando o cinto.
“Esse processo é semelhante ao que acontece com o trabalhador quando recebe um equipamento de proteção individual. O nível de conscientização que queremos chegar é esse, em que ele não só usa o EPI como também se preocupa com o colega”, pontuou o desembargador.
Também estiveram presentes à solenidade o vice-presidente do Tribunal, desembargador Roberto Basilone, e o advogado Fabrício Mendes dos Santos, representando a Presidência da OAB-SC.
Texto: Camila Velloso / Fotos: Adriano Ebenriter
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